10 tendências que vão marcar o sector da saúde em 2025

Uma maior percepção dos riscos de saúde, a colaboração e partilha de dados, assim como a aceleração no ritmo e escala da transformação tecnológica e digitalização em todo o ecossistema da saúde, impulsionados pela COVID-19, irão marcar o futuro dos sectores de saúde e life sciences. A conclusão é do estudo Life Sciences & Health Care Predictions da Deloitte.

 

De acordo com o estudo, a pandemia terá como legado uma nova forma de relacionamento baseada em parcerias e maior nível de colaboração e confiança, bem como uma mudança de paradigma como foco na prevenção da doença, necessidade de redução das desigualdades no acesso à saúde e promoção do envelhecimento saudável.

Estas mudanças potenciam novos comportamentos em saúde, novos modelos de operação e de financiamento, colaboração mais efectiva entre os diversos agentes e novos serviços por parte de incumbentes e de novos operadores do sector, tornando todo o ecossistema de saúde mais resiliente.

O estudo da Deloitte, que contém previsões para 2025, concentra-se nas principais mudanças ocorridas nos últimos anos e, em particular, na aceleração da transformação observada durante 2020.

As dez previsões do relatório identificam que, em cinco anos, estaremos num mundo em que os países beneficiarão de informação proveniente de várias fontes de dados e usarão sistemas avançados de processamento de imagens e outras tecnologias de diagnóstico e telesaúde para fornecer tratamentos direcionados e mais precisos.

A Deloitte antevê que, em 2025, as pessoas terão um melhor autoconhecimento de como o seu sistema imunológico e comportamentos afectam a saúde e a possibilidade de ter um melhor envelhecimento. O estudo identifica exemplos inovadores, já hoje existentes, que permitem vislumbrar o quão próximo estamos dessa realidade e a perspetiva de um sistema de saúde mais preditivo, preventivo, personalizado e participativo.

Cada previsão do Life Sciences & Health Care Predictions da Deloitte é concretizada por previsões de como pacientes, empresas de saúde e life sciences e as suas equipas podem agir e operar neste novo mundo pós COVID-19. O relatório destaca as seguintes tendências:

1. Dos cuidados de saúde ao envelhecimento saudável – As pessoas são incentivadas a assumir a responsabilidade pelas suas próprias escolhas de saúde e de estilo de vida;

 

2. Melhor saúde pública aumenta a produtividade pública – Um sistema de saúde público resiliente protege as pessoas, previne doenças e prolonga a esperança média de vida saudável;

 

3. Médicos mais capacitados por paradigmas de diagnóstico e tratamento – Genómica e Inteligência Artificial estão a criar uma medicina mais preditiva, preventiva, personalizada e participativa (4 P’s);

 

4. Quem, o quê e onde? O trabalho re-arquitectado – Os profissionais de saúde, auxiliados pela tecnologia e pela aprendizagem ao longo da sua vida, transformaram as suas formas de trabalhar;

 

5. Os cuidados são centrados nas pessoas, não em lugares – Modelos de cuidados integrados estão a prestar cuidados centrados no paciente e mais acessíveis, eficientes e económicos;

 

6. MedTech e IoMT (Internet of Medical Things) são impulsionadores cruciais de cuidados baseados em valor – Os dados conectados de dispositivos médicos permitem a gestão da saúde da população;

 

7. A indústria reverteu o declínio no retorno associado à I&D – Tecnologias avançadas de Inteligência Artificial aceleraram a descoberta de medicamentos e testes clínicos, melhorando a eficiência e eficácia e reduzindo custos;

 

8. Supply Chains de última geração são integradas na prestação de cuidados de saúde e na experiência do paciente – Convergência de processos clínicos, comerciais e de produção em rede através de cadeias de valor baseadas em dados;

 

9. Organizações de saúde e life sciences priorizam a descarbonização –Organizações estão focadas em serem negócios sustentáveis e responsáveis;

 

10. Clusters de entidades em parceria aceleram a inovação – A confiança e a colaboração estão a remover os limites tradicionais e a redefinir os modelos operacionais para um ecossistema de saúde mais eficaz.

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