60,8% dos portugueses tem escritório em casa

No entanto, apenas 28,5% das empresas contribui para o equipar. Relatório da Regus alerta para o facto de os escritórios improvisados poderem ameaçar a produtividade e segurança dos colaboradores.

Um estudo da Regus, empresa de Soluções de Espaço de Trabalho Flexíveis, que abordou 44 mil profissionais em mais de 100 países, mostra que 61% dos colaboradores afirmam ter um escritório em casa, mas apenas 51% acreditam ser um espaço profissional, com o equipamento necessário.

Quanto aos portugueses, também a maioria mantém um escritório em casa, mas com ambiente profissional apenas 48,9%. 71,5% dos profissionais portugueses suportaram, a título particular, os gastos da montagem do escritório, contra 28,5% que confirmam que as despesas foram pagas pela empresa. A nível mundial, um quinto dos inquiridos revela que despenderia de um mês de salário para transformar o escritório de casa num espaço de trabalho profissional.

Grande parte dos entrevistados globais (79%) consideram que as empresas que incentivam os colaboradores a trabalhar a partir de casa não estão cientes de que devem garantir a implementação de normas de saúde e segurança. E 77% admitem não ter o seguro apropriado para cobrir o espaço de trabalho de casa. 49% destes profissionais pensam mesmo que a maioria das empresas que incentivam os colaboradores a trabalhar a partir de casa estão simplesmente a tentar transferir o custo do espaço de trabalho para o colaborador.

«Os benefícios financeiros de trabalhar à distância são claros. É vantajoso para os negócios que os profissionais sejam capazes de trabalhar de forma eficaz e com segurança quando estão fora do escritório, mas, por outro lado, os números sugerem que muitas empresas incorrem no risco de maiores gastos por não regularem os ambientes de trabalho remoto», considera Jorge Valdeira, Country Manager da Regus Portugal.