62% das empresas querem contratar até ao fim do ano

Cerca de 62% das empresas nacionais tem intenções de contratar até final de 2021. A conclusão é de uma sondagem realizada pela Adecco Portugal.

 

O impacto das medidas de apoio ao emprego leva a que 80% das empresas inquiridas não tenham intenção de dispensar trabalhadores em 2021. Das que têm intenções de despedir colaboradores, 43% apontam a área fabril, 21% as áreas administrativas e de logística.

O inquérito mostra também que das empresas que não irão dispensar colaboradores, 61% considera a hipótese de ter que admitir mais colaboradores precisamente na mesma área em que algumas empresas irão despedir (área fabril 47%, Administrativa 28% e logística 19%).

Em relação aos recursos humanos as maiores dificuldades na contratação prendem-se com a falta de colaboradores mais especializados (61%) e com skills mais polivalentes (57%).

Para 59% das empresas inquiridas, a COVID-19 afectou a sua actividade económica em termos gerais, no primeiro trimestre do ano, embora a pandemia também tenha sido benéfica para 17% das empresas. Se analisarmos quatro indicadores (vendas, recursos humanos, investimentos e rentabilidade) no mesmo período, constatamos que esse impacto negativo foi maior nas vendas 46% e na sua rentabilidade 45%, tendo a área dos recursos humanos sido a menos afectada.

O inquérito revela ainda que apenas 5% das empresas inquiridas considera que a economia portuguesa vai melhorar muito até ao final de 2021, enquanto 31% considera que a situação económica vai piorar. Se considerarmos os mesmos quatro indicadores referidos anteriormente (vendas, recursos humanos, investimentos e rentabilidade), verificamos que as vendas (41%) e os investimentos (39%) são as áreas onde o impacto negativo mais se irá fazer sentir até ao final do ano

As expectativas das empresas chegarem a uma situação económica idêntica ao período de antes da COVID-19 vai demorar um a dois anos para 43% das empresas inquiridas e mais de dois anos para 5% da amostra inquirida.

A sondagem mostra que também existiu algum impacto na gestão desta pandemia pelo departamento de Recursos Humanos das empresas, com 37% a demonstrar algum efeito, sendo que grande parte dos problemas ocorreram ao nível das operações.

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