A comissão executiva desta empresa vai reduzir em 30% o seu salário

A Groundforce Portugal vai recorrer às medidas excepcionais e temporárias disponibilizadas pelo Governo, no apoio à recuperação económica das empresas com vista a assegurar a manutenção de todos os postos de trabalho. Entre as diversas medidas que vão ser adoptadas, os administradores executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração.

 

A decisão foi apresentada ontem pela Comissão Executiva aos representantes de todos os Sindicatos – SIMA, SINTAC, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP – e comunicada a todos os trabalhadores.

A empresa vai adoptar as seguintes medidas:

– 324 colaboradores (11,4% do total) ficarão a garantir as operações diárias, na EGE e nas Operações em cada escala, sem redução no seu salário;

– 2425 colaboradores (85,6% do total) ficarão em Suspensão Temporária da Prestação de Trabalho ao abrigo do lay-off simplificado e receberão todos, sem excepção 2/3 das remunerações fixas mensais;

– 55 colaboradores (1,9% do total), das áreas de suporte e chefias operacionais, ficarão em 15% de redução do período normal de trabalho;

– 14 colaboradores (0,5% do total), das áreas de suporte, ficarão em redução do período normal de trabalho, variável em função das necessidades operacionais e receberão 2/3 das remunerações fixas mensais.

– Os directores da empresa ficarão em 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração.

 

Paulo Neto Leite, CEO da Groudforce, partilha: «Esta é uma decisão difícil, mas necessária para a manutenção da empresa e que garante a protecção dos nossos colaboradores, que são o nosso maior activo, e que tem como finalidade manter a família Groundforce unida e intacta face aos danos e consequências decorrentes deste surto. Estamos a viver uma crise mundial sem precedentes que afecta, simultaneamente, a saúde pública, e de uma forma muito agressiva, a economia nacional e o nosso negócio. Dos 19 840 movimentos previstos para o mês de Abril, para os quais a empresa tinha dimensionado a operação em equipamentos e recursos humanos, apenas serão realizados 778. Esta situação implica uma redução de 96% na actividade da Groundforce.»

As medidas vão entrar em vigor, a partir de 3 de Abril, por um período de 30 dias (que poderá ser alargado) e, garante-se, «permitem garantir que os postos de trabalho, para todos as funções e cargos, estão assegurados durante 60 dias após estas medidas, ou da extensão das mesmas».

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