“A falta de líderes ou a falta de seguidores”

Ricardo Florêncio

Director da Revista HR Portugal

Editorial publicado na edição de Fevereiro de 2013 da revista HR Portugal

O tema de capa desta edição é a Liderança. A verdade é que neste momento faltam líderes em Portugal. Faltam-nos referências.

Temos alguns bons líderes, mesmo excelentes a nível mundial, mas talvez não sejam suficientes. Seriam necessários mais. Mais exemplos que possam ser seguidos.

Mas também, e em boa verdade, para haver bons e excelentes líderes, também tem de haver seguidores (a expressão inglesa é muito mais feliz, mas optei por não usar “inglesismos”).

E muitas vezes são estes seguidores que fazem os líderes. São eles, o eco, o amplificador do carisma e da vontade do líder.

Contudo, e para que tal aconteça, os potenciais seguidores têm de ter diversas valências e características. Não podem, não devem, não querem ser geridos. Têm de ter vontade de ser geridos. Não mandados, mas geridos. Têm de ter a apetência, a vontade e a capacidade de mudar, de interiorizar mudanças. Têm de conseguir ver mais além, e dar seguimento. Têm de começar nas palavras, gestos, práticas do líder, conseguir perceber os passos seguintes e o que se deve fazer para aplicar, implementar o que o líder pretende.

É praticamente impossível, apesar da excelência dos líderes, gerir o que é ingerível, mudar quem não quer ser mudado.

Um líder não faz tudo sozinho. É o maestro, mas não consegue tocar sozinho todos os instrumentos.

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