A importância do voluntariado para o desenvolvimento de soft skills

05 de Dezembro é o Dia Internacional do Voluntariado, uma data em que se assinala o trabalho gratuito de tantos, para o bem das suas comunidades.

Por Rita Sacadura Fonseca e Ana Lima, Departamento de Careers and Talent Office da Católica-Lisbon

É através do voluntariado que muitas pessoas doam parte do seu tempo, ocasionalmente ou de forma regular, a causas de interesse social e comunitário. Este trabalho assume formas muito diversas, seja o apoio à infância, terceira idade, membros mais desfavorecidos da nossa sociedade, seja também, mais recentemente, em temas ligados à sustentabilidade ou promoção do bem-estar animal.

Ana Lima

Quem dá o seu tempo e energia, também recebe muito. Uma das conclusões a que frequentemente os voluntários chegam é como o pouco que dão se converte em tanto mais que recebem! E neste “tanto mais” que se recebe, além da satisfação pessoal pelo contributo dado, gostávamos de salientar alguns aspectos que poderão ser menos óbvios e que estão ligados ao desenvolvimento pessoal e profissional.

Com efeito, as actividades de voluntariado podem abrir-nos para outras visões do mundo e experiências de vida, ajudar a fortalecer a nossa rede de contactos e explorar potenciais áreas de interesse. Assumem ainda especial importância no desenvolvimento de competências, que muitas vezes estão ainda por fortalecer.

Alguns exemplos:
– Proactividade: um voluntário identifica onde pode agir e inicia uma acção concertada com o objectivo de suprir a necessidade identificada. Mostra energia e entusiasmo!
– Trabalho em equipa: tipicamente os voluntários trabalham em conjunto, fazendo parte de equipas com diferentes responsabilidades que se articulam em função de um objectivo comum. Juntos tornam-se mais fortes!
– Organização e gestão de tempo: um voluntário tem de compatibilizar o seu tempo de voluntariado com outros compromissos e actividades, sejam profissionais, académicas ou pessoais. Na sua acção, deve ser fiável comprometer-se e cumprir aquilo a que se propôs. O multitasking organizado é um bom desafio!
– Integridade, ética e valores: ao desejar contribuir para o bem da sociedade, o voluntário enceta uma acção orientada para o bem comum. Ter um propósito maior!
– Resiliência: nem sempre as coisas correm bem, mas a capacidade de aprender com os erros, reinventar a acção e manter o foco no resultado é preciosa para qualquer voluntário. Nunca desistir!

Agora diga-nos: não gostava de ter alguém com este perfil na sua equipa?

Rita Sacadura Fonseca
Rita Sacadura Fonseca

As experiências de voluntariado, bem orientadas, contribuem para que cada pessoa se torne mais “completa”, desenvolvendo de forma mais equilibrada, competências interpessoais que podem complementar as competências técnicas aprendidas em contexto académico. Adicionalmente, a acção como voluntário torna-se assim uma atitude perante a vida, uma predisposição para agir e uma preocupação com os outros.
Para alunos mais jovens, como nas licenciaturas, as experiências de voluntariado têm um contributo ainda mais significativo, na medida em que estes alunos estão numa fase especialmente importante do seu crescimento enquanto jovens adultos, estando muito receptivos às aprendizagens como voluntários.
Por isso, o Careers & Talent Office da Católica Lisbon School of Business & Economics mantém uma relação próxima com instituições nacionais e internacionais de diferentes áreas de atividade, promovendo um conjunto de iniciativas – apresentações, feiras de voluntariado, divulgação de oportunidades de voluntariado – como hipóteses adicionais para os nossos alunos conhecerem e aderirem a projectos de voluntariado, onde podem contribuir com o seu tempo, energia e entusiasmo e, nesse processo, desenvolverem competências pessoais e profissionais.

Ler Mais