A tecnologia nos escritórios do futuro

A Epson desenvolveu um estudo que destaca o impacto que os avanços tecnológicos terão nos locais de trabalho europeus nos próximos 10 anos.

 

 

De acordo com os resultados do estudo “O escritório do futuro”, mais de metade dos trabalhadores europeus (57%) afirma que nos próximos 10 anos as novas tecnologias vão modificar radicalmente os modelos organizativos e os postos de trabalho tradicionais nos principais sectores económicos. Neste âmbito, 65% revela estar predisposto a receber formação, com o objetivo de melhorar a sua capacitação para o desempenho de novas funções laborais derivadas da introdução da tecnologia no seu posto de trabalho.

Estas são algumas das conclusões do estudo elaborado pela FTI Consulting para a Epson, tendo por base mais de 7 000 inquéritos realizados a trabalhadores de cinco países europeus – Espanha, Reino Unido, França, Alemanha e Itália -, de sectores de atividade, como a Saúde, a Educação, o Retalho, o Comércio e a Indústria. O estudo contou ainda com a colaboração de um painel composto por 17 especialistas europeus.

Apesar da vontade positiva dos colaboradores no momento de assumir novas funções e adoptar as inovações tecnológicas, os resultados do estudo destacam também a necessidade das empresas fomentarem a formação para os seus colaboradores e potenciarem a sua adaptação às mudanças tecnológicas. Apenas 14% dos inquiridos qualifica como “excelente” o seguimento que a sua organização faz dos avanços tecnológicos no sector, e menos de um terço (28%) considera que a sua empresa é especialmente boa na implementação de novas tecnologias.

Apesar de existir uma postura praticamente unânime dos colaboradores face aos benefícios da tecnologia, com 75% dos inquiridos a afirmar que a tecnologia trará novas oportunidades de negócio e de crescimento, foram identificados três aspectos chave que deveriam ser trabalhados para agilizar este processo:

– Interrupção da adopção tecnológica: uma percentagem reduzida, mas significativa, de 6% dos colaboradores, indica que interromperia deliberadamente a adopção da tecnologia se o seu posto de trabalho se visse ameaçado. Este valor aumenta para 12% entre a geração Y e sobe ainda mais entre os directores seniores (17%).

– Falta de conhecimento: uma grande parte dos inquiridos considera as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, a realidade aumentada, dispositivos wearables, tecnologias colaborativas e robótica, como avanços interessantes, embora afirme ter um conhecimento muito limitado sobre eles.

– Preparação para o futuro: quase um terço dos inquiridos é da opinião de que a sua empresa não comunica de forma adequada o impacto positivo da mudança tecnológica. Além disso, 60% considera que, quando são necessárias aptidões tecnológicas chave, as empresas são mais propensas a contratar novo pessoal, em vez de formar os colaboradores actuais.

Minoru Usui, presidente mundial da Epson, sublinha que «o contexto em que vivemos e trabalhamos vai evoluir radicalmente graças à tecnologia, uma vez que avançamos para um mundo onde a nossa vida assumirá um novo propósito. É compreensível que as pessoas revelem uma certa incerteza pelo impacto futuro dos avanços tecnológicos, mas se os soubermos gerir da melhor forma, também poderão surgir grandes oportunidades», acredita. «Por isso, torna-se urgente estabelecer uma melhor comunicação entre governos, organizações e a sociedade em geral, para garantir que todos tenhamos as capacidades necessárias para adotar novas funções e enfrentarmos diferentes desafios.»

 

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