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Acabada a obrigatoriedade do teletrabalho, o que pensam as empresas fazer?
O Governo determinou que, até ao final de Maio, o teletrabalho continua a ser obrigatório, sempre que a função o permita. A ordem é para desconfinar a partir de Junho. Mas esta semana já se notam mudanças ao nível da mobilidade dos portugueses.
É isso mesmo que revela o “Jornal de Negócios”, que cita dados da PSE. A maioria das companhias de serviços, contactadas pelo jornal, só pensa fazê-lo a partir de 1 de Junho, mas há quem admita adiar um pouco mais o regresso.
Durante o mês de Junho, a Claranet pretende ter metade dos colaboradores no escritório para, na última fase, em Julho, atingir os 75%. O jornal explica que a empresa iniciou o desconfinamento em Maio. Nessa altura, regressaram ao escritório 25% dos trabalhadores, que, em Portugal, são cerca de 700. O regresso começou pelo «colaboradores que não consigam desempenhar as suas funções totalmente em teletrabalho e não tenham crianças pequenas a cargo».
O líder da Claranet, António Miguel Ferreira, é peremptório: «Não regressaremos mais ao escritório na totalidade, a níveis de presença semelhantes aos pré-Covid (95%)».
Ao mesmo jornal, a Tabaqueira revelou que «os trabalhadores pertencentes a grupos de risco e os que têm crianças em idade escolar e sujeitas ao ensino virtual à distância continuarão em teletrabalho».
O mesmo acontecerá para 220 pessoas na Konica Minolta, que tinha começado no início do ano um projecto-piloto de flexibilidade horária e de teletrabalho.
Já na Intelidus regressaram, no próximo mês, 80% dos colaboradores, enquanto na IBD Global, se a vontade do funcionário for trabalhar em casa, manterá a prática.
A Primeira BBS prevê o regresso gradual dos trabalhadores na data apontada pelo Governo, ou seja, a 1 de Junho.
A Nestlé vai prolongar o trabalho à distância durante o mês de Junho, avaliando, após esse período, e mensalmente, a situação.
Por sua vez, a Euronext irá dar a opção aos colaboradores de poderem voltar ao escritório voluntariamente.
No Colégio Luso-Internacional do Porto regressará a equipa de professores, assistentes e serviços de apoio a 1 de Junho, dia em que o pré-escolar reabre, mas os restantes ficarão em teletrabalho até ao final do próximo mês.
A OutSystems pretende que o regime de teletrabalho se mantenha «como preferencial, pelo menos até Setembro de 2020».
A Endesa mantém o trabalho à distância «durante as próximas semanas ou meses, avaliando sempre os constrangimentos da situação sanitária».
Do lado da Edigma foi deixada a garantia de que «o teletrabalho não se tem apresentado como um obstáculo ou uma ameaça, mas sim uma oportunidade de desenvolver novas capacidades e fazer a organização crescer como um todo».
Também o Crédito Agrícola admitiu ao jornal ser «imprescindível modernizar e reforçar a nossa proposta de valor em matéria de gestão de recursos humanos disponibilizando aos colaboradores regimes mais flexíveis, adequados às suas necessidades individuais e simultaneamente mais alinhados com os compromissos de sustentabilidade que assumimos».