AHRESP defende que subida das taxas de juro «dificulta não só o investimento das empresas, mas também a criação de emprego»

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu «muita prudência» e «moderação» na eventual subida das taxas de juro, alertando que a pandemia «deixou milhares de empresas totalmente descapitalizadas».

«A AHRESP, que representa os sectores mais impactados pela crise pandémica, considera que uma subida das taxas de juro e o aumento do custo do financiamento bancário dificulta não só o investimento das empresas, mas também a criação de emprego e o consumo dos particulares, com o risco acrescido de culminar numa eventual recessão económica», sustenta a associação em comunicado.

«Será, por isso, necessário actuar com muita prudência, uma vez que as economias europeias ainda estão a recuperar de uma crise originada pela pandemia COVID-19 e que deixou milhares de empresas totalmente descapitalizadas», acrescenta.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou na terça-feira que o BCE irá tão longe quanto for necessário para garantir que a inflação estabilize na meta de 2% no médio prazo.

No discurso de abertura do fórum anual do BCE, que reúne banqueiros centrais, economistas e intervenientes do mercado em Sintra, Christine Lagarde afirmou: «Continuaremos nesse caminho de normalização e iremos tão longe quanto for necessário para garantir que a inflação estabilize na nossa meta de 2% no médio prazo».

A presidente do BCE admitiu ainda que a inflação na zona euro «está indesejavelmente alta», prevendo «que continue assim durante algum tempo», e disse que a instituição não hesitará em subir as taxas de juro ainda mais rápido do que o previsto se este cenário persistir.

«Este é um grande desafio para a nossa política monetária», considerou.

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