Ainda usa o Windows 10? Atenção, isso pode trazer problemas (potencialmente graves)

De acordo com as estatísticas da Kaspersky, perto de 50% dos utilizadores de PCs em Portugal, quer empresariais, quer individuais, ainda utilizam o sistema operativo Windows 10. Apenas 42% do público já actualizou os seus dispositivos para a versão mais recente do sistema operativo – o Windows 11. Estes dados podem ser preocupantes para o panorama da cibersegurança, visto que o suporte ao Windows 10 vai terminar em Outubro.

A Kaspersky realizou um estudo com base em metadados anónimos do sistema operativo, fornecidos por utilizadores da Kaspersky Security Network que consentiram a partilha, para descobrir quantos dispositivos é que ainda estão a operar com o sistema operativo Windows 10, cujo suporte termina em Outubro. Segundo as estatísticas para Portugal, em termos absolutos, 49,9% dos utilizadores portugueses ainda operam com o Windows 10, enquanto 42,3% já migraram para a versão mais recente do sistema operativo.

Por segmentos, a nível nacional, 45,9% dos utilizadores empresariais e 50,6% dos utilizadores individuais escolheram manter o sistema operativo Windows 10, enquanto 43% e 42,7%, respetivamente, já atualizaram os seus computadores.

Ainda de acordo com a análise da Kasperky, Portugal destaca-se face à média do Sul da Europa. Nesta região, apesar de faltar pouco tempo para a Microsoft deixar de oferecer suporte ao Windows 10, cerca de 51% dos utilizadores totais (empresariais e individuais) ainda utilizam esta versão e apenas 34% dos PCs já utilizam o Windows 11. A Kaspersky também releva que 8% dos dispositivos ainda funcionam com o Windows 7, que deixou de receber suporte em 2020, o dobro do valor registado em Portugal.

A nível mundial, os utilizadores na zona da Rússia são os que mais utilizam o sistema operativo Windows 10 (60,7% em termos gerais), seguindo-se a região META (52,9%) e a Europa (51,6%). A região APAC (47,3%) e as Américas (49,4%) registam a menor utilização do Windows 10, mas, mesmo assim, com números alarmantes para a cibersegurança das redes pessoais e empresariais.

Quando um sistema operativo chega ao fim da sua vida útil, as vulnerabilidades de segurança não resolvidas permanecem sem correção, o que significa que os cibercriminosos podem ter aqui potenciais oportunidades para as explorar. Como tal, é altamente recomendável atualizar o sistema operativo para proteção dos utilizadores individuais e corporativos.

Os especialistas da Kaspersky alertam que a utilização de versões desactualizadas do sistema operativo em infraestruturas corporativas acarreta um risco significativo para as empresas, uma vez que os sistemas operativos desatualizados não só se tornam mais vulneráveis a explorações, como também podem tornar-se incompatíveis com software e ferramentas de segurança mais recentes. Esta incompatibilidade pode representar uma grave ameaça para a continuidade dos negócios.

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