
Algumas empresas estão a sentir a “vingança do regresso ao escritório”. Saiba em que consiste
O fenómeno em que os trabalhadores cumprem as linhas gerais dos mandatos de regresso ao escritório, mas tomam pequenas liberdades quando podem, está a aumentar. Deixar de picar o ponto durante a hora de almoço ou sair mais cedo quando a chefia faz o mesmo são dois exemplos.
Ou levar coisas da empresa. «Se os accionistas estão a receber o meu salário, no mínimo, vou levar para casa três Gatorade e alguns snacks», disse um colaborador de Chicago.
Mas, embora estas pequenas rebeliões possam deixar os chefes irritados, os especialistas dizem que devem adiar reprimendas. A vingança do regresso ao escritório (revenge RTO, em inglês) pode, na verdade, ser um sinal de que existem problemas maiores no trabalho que os líderes empresariais precisam de abordar, tais como medidas que foram mal comunicadas, executadas com pouca consideração pelo bem-estar dos trabalhadores e apresentadas sem quaisquer dados para apoiar o seu raciocínio.
«Quando os colaboradores sentem que algo é injusto, agem para o tornar justo», disse Peter Cappelli, professor de Gestão e director do Centro de Recursos Humanos da Wharton Business School da UPenn. «Isto reflecte-se negativamente na liderança, até mesmo no gestor.»