Amgen Capability Center Portugal: Confiança e responsabilidade na base da cultura

Classificado de Projecto de Interesse Estratégico para a economia de Lisboa pelo IEFP e criado em 2021, o Amgen Capability Center Portugal (ACCP) emprega já mais de duas centenas de pessoas de 33 nacionalidades diferentes. Pretendem alcançar os 500 colaboradores, e o novo modelo de trabalho, Flexspace, junto com a aposta na diversidade, no bem-estar e no desenvolvimento, podem ser as peças-chave para o conseguir.

 

Por Tânia Reis

 

Presente em Portugal desde 1993, a Amgen desenvolve a sua actividade na área da biotecnologia, mais precisamente no desenvolvimento de medicamentos para doentes com patologias graves. O desígnio da ciência e inovação levou a multinacional a criar, em 2021, o primeiro centro de alta competência estratégica na Europa, destinado a dar suporte à operação da empresa a nível global, conta Daniel Campanha, general manager do ACCP, estando o outro centro localizado nos Estados Unidos.

O talento existente em Portugal, com competências em várias áreas de grande especialização, como a tecnologia, e também a grande capacidade do País para atrair talento e pessoas de diferentes partes do mundo, foram motivos mais do que suficientes para a escolha recair sobre Lisboa, em detrimento de outras cidades europeias, «algumas muito atractivas também», explica o responsável, realçando que «Portugal, e Lisboa em particular, tem uma cultura muito favorável, e o perfil de custos é adequado». Tal escolha revelou-se acertada, já que, em Outubro de 2021, receberam a classificação de Projecto de Interesse Estratégico para a economia de Lisboa, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), fruto do compromisso com o investimento de 100 milhões de euros em cinco anos, no País e na economia nacional. Pouco mais de um ano após a criação do centro em Lisboa, Daniel Campanha revela que o balanço é muito positivo e reitera o empenho na inovação e na melhoria dos processos e áreas de especialização. Com competências tão distintas como Data & Analítica, Tecnologia Digital & Inovação, Cibersegurança, Finanças, Global Strategic Sourcing ou Regulatory Affairs, entre outras, o ACCP é um acelerador de produtividade e crescimento da biotecnológica norte-americana, com o desenvolvimento de novas valências que apoiam a missão global da empresa: servir os doentes.

A partir de Lisboa, dão suporte à actividade da Amgen, com foco nos mercados da Europa, Médio Oriente, África, América do Sul e Canadá, entre outros, e acreditam ter condições para continuar a crescer e gerar um impacto positivo na economia portuguesa. Desde o início do projecto, assumiram o objectivo de contratar até 300 pessoas num período entre dois e três anos, e criar parcerias de valor com entidades nacionais, nomeadamente universidades e comunidade local. Um ano depois, contam com uma equipa de 220 colaboradores de 33 nacionalidades diferentes. «Números que expressam bem o grande talento e competência existente em Portugal e a elevada capacidade de atrair talento de outros países», sublinha o gestor.

Analisando a evolução no primeiro ano de operação, Daniel Campanha acredita que o potencial do ACCP vai muito além da fase inicial, e dá o exemplo do centro de competências da Amgen na Flórida, que abriu em 2017 e, actualmente, já tem cerca de mil colaboradores. Apesar de considerar que ainda é cedo para prever onde o ACCP poderá chegar, garante que há um grande compromisso dentro da Amgen, a nível global, com o projecto, e tudo indica que vão continuar a crescer e a expandir. «Por esta razão, antevejo que possamos vir a reforçar para 500 colaboradores a médio prazo.»

 

As pessoas como o principal activo
A estratégia da gestão dos cerca de 220 colaboradores assenta no princípio basilar “People are our number One asset!”, pois estes constituem um dos factores essenciais para o sucesso da Amgen, a nível global, e no ACCP também, e porque são eles quem «permite servir os doentes».

E a proposta de valor do ACCP – acredita Daniel Campanha – é atractiva. Assegura uma oferta diversa de oportunidades, desde «possibilidades de desenvolvimento de carreira, crescimento profissional, formação e aquisição de competências, aliada a programas de promoção do bem-estar dos colaboradores, com foco nos conceitos de psychological safety, wellness, bem-estar físico e emocional». O worklife balance, que adquiriu maior visibilidade com o surgimento da pandemia, «há muito que é uma prioridade para a Amgen», garante.

Outro pilar fundamental é a diversidade, porque é o que permite «gerar inovação e ciência». A forte política de Diversity, Inclusion & Belonging (DI&B) envolve também a participação activa dos colaboradores através dos chamados Employee Ressources Groups (ERG). No ACCP, a diversidade expressa-se na multiculturalidade, na polivalência de competências e especialização – são mais de 10 as capabilities no centro em Lisboa – e também nos ERG locais. Um deles, o Woman Empower, tem como objectivo promover a liderança de mulheres e dar-lhes as competências necessárias, grupo que já representa um quarto dos colaboradores, e «integra homens na sua organização enquanto aliados na promoção da equidade de género».

Tendo em conta a especialização necessária para um centro de alta competência, a grande maioria dos colaboradores têm formação académica superior, com áreas de especialização muito variadas, reflexo da diversidade das valências existentes. O equilíbrio de género entre mulheres e homens, de forma geral, assim como na equipa que integra o Management Team do ACCP, também merece destaque.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Janeiro (nº.145)  da Human Resources, nas bancas.

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