ANA Aeroportos de Portugal. Próximo destino: Ser um empregador de referência

Na ANA Aeroportos de Portugal, o Employer Branding é mais do que uma estratégia de comunicação – é uma abordagem integrada que reflecte a cultura, os valores e a ambição da empresa de ser um empregador de referência em Portugal.

Envolvendo várias áreas, desde os Recursos Humanos à Comunicação, esta visão está profundamente alinhada com os objectivos estratégicos da organização, nomeadamente na preparação para o novo aeroporto de Lisboa. Apostando na autenticidade, personalização da experiência do colaborador e numa cultura de inovação, a ANA Aeroportos de Portugal posiciona-se como uma marca empregadora capaz de atrair, envolver e reter talento, valorizando a diversidade e promovendo o orgulho em fazer parte de um projecto com impacto nacional.

Nesta entrevista, Isabel Heitor, directora Pessoas e Cultura da ANA Aeroportos de Portugal fala-nos da estratégia de Employer Branding da empresa, da importância das parcerias e do papel crucial das lideranças e de outros departamentos da empresa para que a experiência do colaborador espelhe o melhor possível a cultura e os valores da empresa.

 

Como definem, na prática, o conceito de Employer Branding dentro da ANA Aeroportos de Portugal? É um tema que se cruza com várias áreas – como o abordam de forma integrada?
Na ANA Aeroportos de Portugal, o Employer Branding é entendido como a forma de comunicarmos e vivermos a nossa proposta de valor enquanto empregador. É resultado do empenho transversal que envolve Recursos Humanos e Comunicação, todas as lideranças e os nossos parceiros. Trabalhamos de forma integrada para garantir que a experiência do trabalhador reflecte os nossos valores, a nossa cultura e a nossa ambição enquanto empregador de referência em Portugal.

 

Que papel tem o Employer Branding na estratégia global da empresa? Está alinhado com os objectivos de negócio ou surge mais como resposta às dinâmicas do mercado de talento?
O Employer Branding está totalmente alinhado com a nossa estratégia global. Num momento em que lideramos um projecto transformador — a construção de um novo aeroporto — é essencial atrair e reter talento altamente qualificado. Ao mesmo tempo, como parte do grupo VINCI, temos a responsabilidade de manter elevados padrões de excelência e inovação. O Employer Branding é, por isso, uma alavanca estratégica para garantir que temos as pessoas certas para concretizar os nossos objectivos.

 

Numa empresa com operação dispersa geograficamente, como se garante uma proposta de valor ao colaborador que seja coerente, mas também adaptada a cada contexto?
A nossa proposta de valor é construída com base em pilares comuns — como o desenvolvimento profissional contínuo, a comunicação interna e externa, a segurança, a sustentabilidade e o orgulho em fazer parte de um projecto nacional — adaptada às realidades locais. Valorizamos a autonomia das equipas e promovemos práticas que respeitam as especificidades de cada aeroporto, garantindo coerência com proximidade às comunidades. A título de exemplo, o programa de bem-estar é adaptado a cada um dos aeroportos e à realidade demográfica respectiva.

 

Que mensagens-chave procuram transmitir enquanto marca empregadora? E como garantem que essas mensagens chegam aos públicos certos?
A ANA Aeroportos de Portugal, enquanto marca empregadora, procura transmitir mensagens que reflectem a sua missão e valores. Estas mensagens são fundamentais para atrair e reter talentos, bem como para garantir que a cultura e os objectivos da empresa são compreendidos e partilhados por todos os trabalhadores.

Destacamos três ideias: impacto, ambição e orgulho. Trabalhar na ANA é fazer parte de um projecto com impacto nacional, com oportunidades de crescimento dentro de uma empresa multinacional, com orgulho em contribuir para o país e em servir milhões de pessoas todos os dias. Utilizamos uma combinação de canais internos e externos para garantir que estas mensagens chegam aos vários públicos, desde candidatos a trabalhadores.

 

Que canais utilizam para comunicar o vosso posicionamento como empregador? Há aposta em redes sociais, eventos, plataformas internas e externas?
Sim, apostamos numa comunicação multicanal. Utilizamos redes sociais como o LinkedIn para reforçar a nossa presença junto de talento qualificado, como por exemplo a campanha #SouAna, participamos em feiras de emprego e eventos universitários, e temos plataformas internas que promovem o envolvimento e o reconhecimento dos trabalhadores. Também colaboramos com plataformas de recrutamento e com a rede VINCI para divulgar oportunidades internacionais.

 

Como é que os próprios colaboradores participam na construção da marca empregadora? Têm programas de embaixadores, iniciativas internas ou campanhas co-criadas?
Sim, acreditamos que os nossos trabalhadores são os melhores embaixadores da nossa marca. Temos iniciativas que envolvem embaixadores internos, campanhas co-criadas com equipas locais e momentos de partilha de histórias reais. Destaque-se o Programa VINCI para a Cidadania, uma iniciativa de responsabilidade social das empresas VINCI em Portugal que unem esforços e recursos para apoiar projectos sociais com impacto nas comunidades. Para além do apoio directo às entidades e projecto social, o que a caracteriza é o apadrinhamento por parte dos nossos trabalhadores que acompanham e se envolvem directamente no projecto. O PVPC é congénere da Fundação VINCI pour la Cité (França) e representa o valor atribuído à geração de impacto nas comunidades e que é muito apreciado pelas nossas equipas. A título de exemplo, os embaixadores da task force da ANA como empregador de referência no âmbito da Sustentabilidade. Temos também os Embaixadores do programa TO CARE (programa Bem-estar).

 

A cultura organizacional tem um peso decisivo na forma como uma empresa é percebida. Que aspectos da vossa cultura sentem que mais fidelizam ou atraem talento?
A nossa cultura assenta no desenvolvimento das pessoas, na colaboração e espírito de equipa, responsabilidade e integridade, inovação com propósito e criação de valor para o país. Valorizamos o espírito de equipa, a capacidade de adaptação e o compromisso com a sustentabilidade. Estes valores são vividos no dia-a-dia e são frequentemente apontados pelos trabalhadores como factores de fidelização.

 

O Employer Branding também tem impacto na retenção. Que práticas têm sido eficazes para manter colaboradores motivados e envolvidos? Investimos no desenvolvimento contínuo, em programas de mobilidade interna e internacional, e em iniciativas de bem-estar e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A escuta activa, através de inquéritos e fóruns de diálogo (por exemplo as iniciativas ANA Talks e ANA Listens), também tem sido fundamental para ajustar práticas e manter o envolvimento.

 

Há espaço para personalização na experiência do colaborador? Ou seja, conseguem adaptar percursos, benefícios ou desafios às diferentes gerações e perfis?
Sim, temos vindo a evoluir para uma abordagem mais personalizada. Oferecemos percursos de carreira flexíveis, programas de mentoring, e benefícios ajustados a diferentes fases da vida. Reconhecemos que a diversidade geracional e de perfis é uma riqueza e procuramos responder a essas necessidades de forma diferenciada.

 

A inovação e a transformação digital estão também a moldar o que os profissionais esperam dos seus empregadores. Como acompanham essa evolução?
Estamos a investir fortemente na digitalização de processos, na formação em competências digitais e na criação de ambientes de trabalho cada vez mais ágeis e colaborativos. A inovação faz parte do nosso ADN, e queremos que os nossos trabalhadores acompanhem essa evolução na empresa.

 

Como medem o sucesso das iniciativas de Employer Branding? Usam indicadores qualitativos, quantitativos, ou uma combinação de ambos? Monitoramos a atractividade da marca através de rankings e estudos de mercado, analisamos métricas de recrutamento e retenção, e recolhemos feedback qualitativo através de entrevistas, além de inquéritos de clima organizacional.

 

O que distingue, hoje, a ANA Aeroportos de Portugal como marca empregadora no sector da aviação e que mensagem gostariam de deixar a quem procura um novo desafio profissional?
A dimensão dos nossos desafios diários, que é trabalhar em aeroportos e a oportunidade de fazer parte de algo único como a construção do novo aeroporto de Lisboa. Oferecemos um ambiente de trabalho dinâmico onde o talento é valorizado, com oportunidades de crescimento dentro de um grupo multinacional como a VINCI. A quem procura um novo desafio, deixamos o convite: venha começar uma nova viagem profissional connosco.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Employer Branding” que foi publicado na edição de Maio (nº. 173) da Human Resources.

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