Apoios para criar emprego originam uma procura cinco vezes superior à oferta

O programa para apoiar as empresas a contratarem novos trabalhadores recebeu 4434 candidaturas desde que teve início a 15 de Julho. Este nível de procura representa um apoio de 487,5 milhões de euros, ou seja, cinco vezes mais do que a dotação inicial do programa, 90 milhões de euros, que tinham por objectivo permitir criar 1600 postos de trabalho, adianta o Público.

De acordo com a publicação, a procura superou de tal modo a oferta ministra da Coesão Territorial já não consegue garantir que vá abrir uma segunda fase do programa e que tenha condições de reforçar a dotação. «Eu tinha referido essa possibilidade, mas aqui não estamos a falar de um reforço. Os reforços são pequenos aumentos, aqui é uma mega inundação, uma procura avassaladora», admitiu. «Mas vamos ver os projectos. Se tivermos condições de reforçar, reforçaremos sempre que estiverem em causa bons projectos. Mas só podemos dar essa garantia depois de analisar as candidaturas, uma análise que deverá ser feita num período rápido», afirmou a ministra.

A medida avançou com três programas distintos: o +CO3SO Empreendedorismo Social, o +CO3SO Emprego Urbano e o +CO3SO Emprego Interior. Na área do Empreendorismo Social, apareceram 263 candidaturas, para uma procura de fundos de 30 milhões de euros. «Esta era mais ou menos a nossa estimativa», admite Ana Abrunhosa.

«Verdadeiramente avassaladora», nas palavras da ministra, foi a procura de apoios à criação de postos de trabalho em territórios do interior: 2435 candidaturas, com uma procura de fundos de cerca 272 milhões de euros. O programa foi entretanto alargado a territórios do litoral, ou que não correspondem aos critérios da baixa densidade, por causa da pandemia, o que permitiu que surgissem 1736 candidaturas ao programa +CO3SO Urbano, gerando uma procura de fundos de cerca de 195 milhões de euros. Tudo somado, a procura de fundos atinge os 487,5 milhões de euros.