As empresas portuguesas estão preparadas para a digitalização?

Um estudo da tecnológica portuguesa OutSystems conclui que as empresas portuguesas estão acima da média na transformação digital. Saiba porquê e quais os desafios que as equipas de Tecnologia da Informação (TI) enfrentam. 

 

De acordo com o relatório “The State of Application Development 2019”, que teve por base as respostas de 3.300 profissionais de TI, dos quais 253 portugueses ou a operar em Portugal, as empresas nacionais mostram um nível de maturidade da transformação digital (4.01 pontos) acima da média global.

Mais de metade (51%) revelaram que, no ano passado, aumentaram as suas equipas de desenvolvimento de software, ficando 15% acima da média mundial. Os especialistas em cibersegurança e web developers são os perfis mais difíceis de contratar, enquanto os engenheiros nas áreas de BI, analytics e dados foram os que ofereceram menos dificuldades.

Neste relatório, segundo o unicórnio português, as empresas portuguesas (63%) voltam a destacar o papel do low-code – aplicações em que é utilizado o mínimo de código possível. Apenas 15% disse que a sua organização não prevê adoptar uma destas plataformas.

A entrega de aplicações é destacada como um dos factores mais importantes para a transformação digital. Ao longo de 2019, os profissionais revelam planos para desenvolver e disponibilizar 60% mais aplicações do que no ano passado. Quase 40% prevê disponibilizar mais de 25 aplicações, sendo que 65% afirma que disponibiliza aplicações web em quatro meses ou menos, enquanto 64% refere disponibilizar aplicações móveis em igual período.

Os portugueses também classificaram as alterações nas preferências ou no comportamento dos clientes como o factor de risco número um. Já o medo de que a volatilidade do mercado de acções possa ser prejudicial foi menor face à média global. O mesmo não se pode dizer do receio de perturbar os concorrentes, que foi maior, particularmente com as empresas já estabelecidas – mais do que com novos concorrentes.

Sobre estes resultados, Steve Rotter, CMO da OutSystems, constata que «muitos departamentos de TI enfrentam uma infinidade de forças disruptivas quando se trata de transformação digital e desenvolvimento de aplicações», destacando «a ameaça da disrupção digital e a necessidade de uma transformação digital têm sido factores determinantes nas estratégias de TI há anos».

«Se juntarmos isto à incerteza que caracteriza o panorama económico global, torna-se óbvio porque é que os líderes empresariais estão tão preocupados com o factor da agilidade», defende.

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