
As empresas tendem a contratar com base em “feeling” e não em competências, revela estudo
Segundo um relatório da Textio, apesar da recente ênfase na contratação baseada em competências, as organizações estão a contratar candidatos que consideram “mais simpáticos” ou aqueles sobre os quais têm o “feeling” mais forte — e não o candidato cujas competências e experiência correspondem melhor aos requisitos, revela o HR Dive.
Naquilo a que a empresa de software chamou “vibe hiring”, a Textio descobriu que os candidatos que receberam uma oferta tinham 12 vezes mais probabilidades de serem descritos como tendo uma “grande personalidade” do que aqueles que foram rejeitados.
«Muitos recrutadores confiam na memória, no instinto ou em mensagens informais para captar o que aconteceu numa entrevista. Infelizmente, a memória desvanece, os instintos são muitas vezes pouco fiáveis e as mensagens informais não são um sistema de recrutamento», diz Kieran Snyder, cientista e cofundador da Textio, em comunicado. «As avaliações de entrevistas estruturadas e baseadas em competências são inegociáveis para qualquer processo de recrutamento eficaz. Se assim não for, os resultados da contratação, o desempenho da equipa e o negócio estarão em risco.»
De acordo com a análise da Textio, no geral, os candidatos que receberam ofertas tinham cinco vezes mais probabilidades de serem descritos como amigáveis e quatro vezes mais probabilidades de serem descritos como tendo muita energia.
Homens e mulheres também foram descritos com uma linguagem diferente. As mulheres foram descritas como alegres 25 vezes mais e agradáveis 11 vezes mais do que os homens. Em contraste, os homens foram descritos como sensatos 7,5 vezes mais e confiantes 7 vezes mais do que as mulheres.
Embora os candidatos raramente recebam feedback sobre o seu desempenho nas entrevistas, aqueles que recebem tendem a ter um melhor desempenho, segundo o relatório. Os candidatos seleccionados também tinham mais probabilidade de receber feedback.