As Organizações do Futuro

A XVI Conferência Human Resources reuniu no Museu do Oriente, em Lisboa, mais de 450 profissionais e um conceituado painel de especialistas para falar sobre as organizações do futuro. Liderança, modelos de trabalho, tendências e até erros de percurso, estiveram em destaque.

 

Por Ana Leonor Martins, Paulo Mendonça e Sandra M. Pinto | Fotos: Cristina Carvalho e Sérgio Miguel

 

Ainda não eram 9h15 da manhã e já a sala do Museu do Oriente estava quase cheia para mais uma edição da Conferência Human Resources, a décima sexta. Ao longo da manhã, foram mais de 450 profissionais, da área de Gestão de Pessoas, de Comunicação e Marketing, gestores de topo e CEO’s, que fizeram questão de marcar presença e tentar perceber que tipo de organizações vamos, afinal, ter no futuro; com que tipo de lideres, com que novos modelos de trabalho, que novas competências serão exigidas e que novas funções vão surgir.

Ricardo Florêncio, CEO da Multipublicações, a quem coube, como habitualmente, fazer a nota de boas vindas, começou por destacar que, muitas vezes, a área da Gestão de Pessoas não é vista como vanguardista. «Nada está mais errado. É uma das áreas mais inovadoras e disruptivas com que lidamos, pois trata de pessoas», sublinhou. E comecemos então pelas pessoas. Levantou algumas questões: «Serão colaboradores a full time ou part time? A trabalhar 100% para uma empresa ou teremos que partilhar esses recursos com outras organizações? Trabalharão numa lógica de projecto ou com contrato? E onde ficarão fisicamente? Nos escritórios das empresas ou remotamente? Se o caminho for pelo fim da relevância dos escritórios, como se promove a cultura da empresa?»

Mas as interrogações não ficam por aqui. «E as organizações, como vão estruturadas», questionou Ricardo Florêncio. «A maioria das empresas continuam a ter organogramas tradicionais, que muitas vezes não reflectem minimamente o que realmente se passa a nível de reports e de funcionamento.» Por outro lado, continuou, «a tendência é claramente para um achatamento dos níveis hierárquicos, mas admitamos que há limites de razoabilidade de reporting. A certa altura, tem que se definir quem “liga” ou “desliga” o “botão”», fez notar. «E, deste modo, que tipo de liderança passará a ser mais comum ter nas empresas?» Foram algumas das reflexões que propôs, garantindo que muitas outras incógnitas ficam enumerar.

Leia a reportagem na íntegra, com todas as intervenções, na edição de Janeiro da Human Resources, nas bancas.

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