As pessoas estão diferentes, os incentivos também precisam de ser. E há um factor essencial a ter em conta

A pandemia trouxe uma verdadeira mudança de contexto em que se movem hoje os especialistas de Recursos Humanos. Os objectivos são os mesmos, mas as pessoas estão diferentes. E, por isso, precisam de apoios e incentivos diversos.

 

Por Vanessa Borges, head of B2B and Corporate Development da Worten

 

Ainda ninguém conhece o fim deste gigantesco sobressalto, mas já todos percebemos e sentimos que a pandemia provocada pela COVID-19 está a provocar mudanças profundas, algumas mesmo radicais, no quotidiano das organizações.

Se cada um, individualmente, enfrenta o desafio de se adaptar o melhor possível ao novo normal, as lideranças das organizações estão colocadas perante a complexa tarefa de encontrarem soluções inovadoras que respondam, com eficácia, às dúvidas e aos anseios dos seus colaboradores.

Neste contexto tão alterado, a gestão dos Recursos Humanos está a ser chamada a um exigente trabalho de estudo da nova realidade e a um suplementar esforço de criatividade para redesenhar as melhores políticas de incentivos e de retenção de talentos.

São múltiplos os estudos em que os cientistas analisam as principais alterações comportamentais das pessoas perante a pandemia. Sentimentos como a ansiedade, a incerteza, a insegurança ou a solidão terão crescido muito durante os últimos 16 meses. Também a percepção do risco, da nossa vulnerabilidade, cresceu de forma exponencial, provocando maior apetência pela busca de uma protecção mais eficaz na saúde e na vida profissional. E esta percepção do risco ter-se-á acentuado junto das camadas mais jovens (Millennials e Geração Z), agora mais receptivas a uma maior segurança e estabilidade no emprego.

Se a tudo isto juntarmos a explosão do regime de teletrabalho, propiciado pela crescente digitalização da nossa sociedade, temos o quadro completo da verdadeira mudança de contexto em que se movem hoje os especialistas de Recursos Humanos.

Os objectivos continuam a ser basicamente os mesmos, entenda-se: criar e manter equipas de pessoas que se sintam motivadas e felizes na execução mais eficaz das ideias e projectos. Só que as pessoas estão diferentes, sentem-se diferentes – desde logo, porque, em muitos casos, mudaram de ambiente de trabalho –, e, por isso, precisam de apoios e incentivos diversos.

Talvez a Gestão de Pessoas nunca tenha sido tão desafiante. Analisar a nova situação emocional e psicológica dos colaboradores. Avaliar as alterações instrumentais concretas que o teletrabalho reclama. Desenhar novas rotinas de relacionamento entre pessoas geograficamente afastadas… É todo um mar de mudanças a que urge dar as respostas mais correctas, ainda por cima numa altura em que a incerteza não desapareceu.

Uma coisa parece evidente: os novos incentivos passarão muito mais por soluções que propiciem a garantia da segurança psicológica e assegurem a saúde, especialmente mental, dos colaboradores. A criação de um ambiente saudável, sem medo ou desconfiança, será certamente a melhor arma para captar e reter talentos, nesta fase tão difícil. Importante será também dotar as pessoas com os meios tecnológicos imprescindíveis ao desempenho eficiente das suas funções nesta era de crescente digitalização.

Por isso, há soluções no mercado que já apostam nas áreas de Incentivos e Home Office, permitindo às empresas converter, de forma rápida e eficiente, os prémios dos colaboradores em produtos tecnológicos, através de uma ferramenta online que garante agilidade e eficiência em todos os processos de aquisição de produtos. O tempo do tradicional incentivo financeiro, do cheque-bónus, terá ficado lá para trás.

 

Este artigo foi publicado na edição de Agosto (nº.128) da Human Resources, nas bancas.

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