As reformas no mundo da Gestão de Pessoas

Por Ricardo Florêncio

 

Portugal tem uma certa aversão (ou será outro o termo?!) à realização de reformas. Não somos um País reformista. Mesmo quando temos plena consciência e conhecimento de que são muito necessárias e mesmo imprescindíveis. Contudo, chegamos a certos momentos, em que já não há alternativas. Já não outros caminhos. E aí, geralmente actuamos. Ora, este é um desses momentos. É necessário proceder a uma série de reformas, e já! É preciso tomar decisões e actuar.

As empresas, a economia, o País, necessitam mesmo que se procedam a um conjunto de acções que visem dar consistência e mesmo solvabilidade às empresas. para que possam continuar a trabalhar, e às pessoas, para que continuem a ver o seu futuro com alguma segurança. E os temas são tão diversos, como a legislação laboral, o necessário aumento de salários mas que tem uma relação directa com a fiscalidade sobre o trabalho e o rendimento, a escassez dos recursos que existe em Portugal, a formação, adequação, requalificação das pessoas face às novas exigências, a saúde mental das pessoas, e muitos mais, até à questão da segurança social e de como assegurar os planos de reformas dos trabalhadores.

Já se tomaram algumas medidas em alguns destes temas e, várias vezes, não no caminho mais certo. Mas já não é possível continuarmos a caminhar apenas com remendos, com soluções avulsas. É preciso mesmo, tomar decisões e acções de fundo.

Nós, na Human Resources vamos continuar a trilhar este caminho, e iremos apresentar as diversas medidas e acções que consideramos ser indispensáveis e urgentes. E na próxima Conferência da Human Resources, já marcada para Outubro, este será o tema de fundo.

Oxalá todos percebam e entendam que a situação é mesmo de urgência.

Editorial publicado na revista Human Resources nº 139, de Julho de 2022, nas bancas

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