Associação das empresas de RH propõe ao Governo selo de qualidade para regular o mercado de trabalho

A Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) propôs ao Governo a criação de um selo de qualidade e compromisso ético para regular o mercado de trabalho.

 

A introdução do selo de qualidade e compromisso ético consta no M7, documento apresentado pela APESPE-RH ao Governo com sete medidas que visam ultrapassar alguns dos principais problemas que dominam a actualidade do mercado de trabalho em Portugal.

A ideia é que todas as empresas sejam alvo de um escrutínio mais apertado, que redundará, ou não, na atribuição deste selo. O objectivo é não só regular como também mostrar a todos os que pretendem recorrer a estes serviços quais os prestadores mais confiáveis e idóneos.

A proposta visa tornar mais transparente a relação laboral e foi revelada em primeira mão durante o evento o webinar “Workforce Ecosystems: Welcome to the future, the new normal”, realizado pela APESPE-RH em parceria com a World Employment Confederation (WEC) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) com o objetivo de debater a atualidade do mercado de trabalho e a forma como este se está a moldar ao novo normal.

Outra das conclusões do evento foi que a pandemia fez acelerar algumas tendências, tais como a digitalização ou a automação; ajudou a recuar outras como a entrada e saída de trabalhadores nos países; mas também contribuiu para o surgimento de outras tantas, como a redefinição das competências essenciais que irão marcar o futuro próximo do trabalho.

Além das conclusões já referidas, um dos temas que geraram maior concordância entre os oradores passou pela necessidade de tornar a protecção social como uma prioridade para o futuro próximo do setor. E foram igualmente apresentadas e reveladas várias propostas pertinentes que poderão ajudar à reconfiguração necessária do mercado de trabalho a nível europeu.

O evento online, moderado pelo comunicador Pedro Pinto teve como objectivo debater a actualidade do mercado de trabalho e a forma como este se está a moldar ao novo normal.

A iniciativa contou com a presença de Miguel Cabrita (secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional), Ana-Carla Pereira (perita do Gabinete do Comissário da UE para o Emprego e Direitos Sociais), Denis Pennel (director Executivo da WEC), Maria Fernanda Campos (inspectora-geral do Trabalho), Luís Cabral (professor de Economia na NYU e AESE) e Afonso Carvalho (presidente da APESPE-RH).

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