Bancos dispostos a subir salários acima da proposta inicial de 2,5%

Os sindicatos bancários afectos à UGT disseram, em comunicado, que os bancos estão dispostos a fazer actualizações salariais acima da proposta inicial de 2,5%, que foram considerados indignos pelos sindicatos.

 

Em comunicado, Mais Sindicato, SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Sector Financeiro de Portugal e Sindicato dos Bancários do Centro disseram que na primeira reunião, em 27 de Janeiro, não houve avanços concretos mas que o grupo negociador dos bancos manifestou «alguma flexibilidade para avançar na sua contraproposta de 2,5% na tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária» e que a nova ronda negocial ficou marcada para 10 de Fevereiro.

Já os sindicatos dizem que «não abdicam de algumas das alterações ao clausulado que propuseram, pois representam um apoio aos rendimentos de ativos e reformados».

Sobre a decisão de BPI, Novo Banco e Santander Totta de fazerem já aumentos salariais de 4% os três sindicatos consideram que «iniciativas dessas em simultâneo às negociações desvirtuam o processo» e afirmam que o que querem é negociar aumentos nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, que têm um âmbito mais alargado e incluem trabalhadores no activo e reformados.

Há duas semanas, em declarações à Lusa, representantes sindicais disseram esperar que as actualizações salariais que BPI, Novo Banco e Santander Totta fazem já em Janeiro sejam um bom sinal, não uma forma de esvaziar a negociação colectiva e dar a entender que o valor final das negociações salariais será dessa ordem.

Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro e SBN reivindicam, para este ano, 8,5% de actualização de tabelas e cláusulas de expressão pecuniária.

O grupo negociador da banca, responsável pela revisão do ACT do sector, representa cerca de 20 instituições financeiras que actuam em Portugal, entre elas Santander Totta, Novo Banco e BPI.

Já Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Crédito Agrícola e Montepio têm acordos autónomos.

No caso do banco público CGD a proposta de aumento salarial é de 3%, o que os sindicatos têm considerado inaceitável.

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