
Benefícios corporativos: o segredo para a retenção e a felicidade no trabalho
Por Joana Moreira, People Operations na Quidgest
Atrair e reter talento é um dos maiores desafios que as empresas enfrentam actualmente. Num mercado competitivo, onde as oportunidades se multiplicam e as prioridades profissionais evoluem, o salário deixou de ser o único critério na escolha de um empregador. O que pesa, cada vez mais, é a forma como as organizações cuidam do bem-estar dos seus colaboradores e promovem um equilíbrio real entre a vida profissional e pessoal.
O escritor Simon Sinek afirmou: “Os clientes nunca vão amar uma empresa até que os seus colaboradores a amem primeiro”. Este pensamento reflecte bem a importância de cuidar daqueles que fazem uma organização crescer. Afinal, um ambiente de trabalho positivo não é apenas uma vantagem corporativa, mas uma necessidade para o sucesso sustentável, seja a título individual ou colectivo.
Mais do que um contrato, um compromisso
Quando um profissional aceita uma oferta de emprego, não está apenas a assinar um contrato: está a assumir um compromisso com uma equipa, uma cultura e uma forma de trabalhar. Da mesma forma, a empresa também assume um compromisso com essa pessoa. E esse compromisso vai muito além do salário.
Os benefícios corporativos são um reflexo dessa relação de cuidado. Seguro de saúde, apoio à família, teletrabalho, incentivos à formação ou iniciativas diárias como oferecer uma refeição saudável são gestos que demonstram atenção ao bem-estar das pessoas. Como profissional de RH na área da tecnologia, sei que essa atenção faz a diferença entre um colaborador comprometido e um que está constantemente à procura de uma alternativa melhor.
Um pacote de benefícios bem pensado mostra que a empresa valoriza as pessoas e reconhece o seu contributo. Hoje, muitos profissionais procuram equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e vantagens como estas podem ser determinantes para manter os melhores talentos na equipa.
Felicidade e bem-estar: o caminho para a produtividade
Fala-se muito em retenção de talento, mas a verdadeira questão é: porque é que alguém escolhe ficar? As respostas raramente estão apenas na compensação financeira. Um ambiente de trabalho saudável, onde há flexibilidade e respeito pelas necessidades individuais, pesa tanto ou mais do que um salário atractivo.
Cuidar dos colaboradores não é apenas uma questão de ética, mas também uma estratégia inteligente. Reduzir o absentismo e a rotatividade significa evitar custos desnecessários com recrutamento e formação de novos talentos. Altos níveis de stress, esgotamento e turnover frequente são ainda grandes inimigos da produtividade e da inovação dentro das equipas. Pelo contrário, quando os colaboradores se sentem apoiados e reconhecidos, trabalham com mais dedicação e entusiasmo, o que se reflecte na produtividade e no ambiente organizacional.
Num mercado cada vez mais competitivo, apostar no bem-estar dos profissionais não é um luxo, mas uma necessidade para construir equipas felizes, motivadas e comprometidas com o crescimento sustentável do negócio. Porque apostar no sucesso organizacional passa sempre por apostar nas pessoas.