Best Workplaces, Noesis: «O nosso sucesso é o sucesso de cada um dos nossos talentos»

A Noesis apresenta-se como uma empresa de referência, no sector das tecnologias, que desenvolve soluções diferenciadoras e acredita que o seu sucesso tem impacto no bem-estar dos colaboradores.

 

No dia-a-dia, esta empresa trabalha para criar «um ambiente de confiança onde os talentos se sintam realizados, motivados e activos na cultura Noesis, quer estejam nos nossos escritórios, nas instalações dos clientes ou a trabalhar de forma remota» refere Teresa Lopes Gândara, Human Capital Director da Noesis.

No âmbito da pandemia, e dada a necessidade de reforçar a proximidade com os colaboradores, a empresa lançou a iniciativa Come ON Board, em que a administração da Noesis está online, e em directo, para conversar com todos os colaboradores. Durante estas sessões, são partilhadas as mais recentes novidades e iniciativas das equipas presentes nas diferentes geografias onde está a Noesis, são anunciados os resultados do negócio e dão-se a conhecer os objectivos da organização.

A comunicação interna é outra área em que a Noesis tem vindo a investir para consolidar uma cultura de transparência e assegurar fluxos de informação permanentes com os colaboradores. Para isso, durante os meses de maior incerteza, foi criada a newsletter #StayConnected, com dicas sobre teletrabalho e actividades para realizar com a família. De acordo com a Noesis esta e a newsletter mensal têm uma taxa média de abertura superior a 55%.

Também o onboarding foi transformado para formato remoto, o que permitiu a todos os colaboradores, dos diferentes escritórios, participar no Welcome Day. Foram ainda lançadas as InspiratiONal Sessions, em que personalidades inspiradoras são convidadas para partilhar a sua experiência com os talentos da Noesis. De acordo com Teresa Lopes Gândara, «sempre que possível e, adoptando todas as medidas necessárias de segurança, realizamos eventos presenciais, em todas as cidades onde os nossos escritórios se encontram, para que os nossos colaboradores possam conviver e partilhar experiências em ambiente de festa».

A investigação e sustentabilidade são outra das preocupações da Noesis. O escritório em Coimbra encontra-se no Instituto Pedro Nunes, dinamizando a actividade incubadora de base tecnológica do IPN. Neste contexto, a empresa apoia iniciativas que aproximam a organização do meio académico, como o Talent Bootcamp, o Job Pitch Challenge, a TEDxULisboa, ou Hackathons, maratonas tecnológicas que fomentam a criação de soluções com impacto social. Regularmente são organizados meetups e open days para partilhar conhecimento e experiência com os estudantes.

Teresa Lopes Gândara destaca também a participação da Noesis em acções de solidariedade social. «Sempre que possível, doamos equipamento informático e material de escritório e participamos em acções de angariação de fundos, de bens e alimentos para diversas causas. Divulgamos junto de todos os nossos talentos, iniciativas de cariz social para que estes possam ter um papel mais activo na comunidade.»

 

Gestão de pessoas
A Noesis guia-se por uma cultura em que prevalece «a meritocracia, o respeito mútuo, a diversidade e o desenvolvimento das competências individuais», explica Teresa Lopes Gândara. «O nosso sucesso é o sucesso de cada um dos nossos talentos.» Regularmente, os colaboradores são convidados a participar em iniciativas para apresentar workshops ou prestar mentoria; em artigos para os media; ou em vídeos da Noesis sobre a cultura da empresa. O objectivo é que os colaboradores ajudem a promover a cultura e o ambiente que se vive na organização. Esta cultura, orientada para as pessoas, «promove a proximidade e fomenta o conhecimento e o desenvolvimento das suas competências únicas. Contamos com uma estrutura de formação eficiente, conjugando a aprendizagem on-the-job e academias internas de formação, as Noesis Academy, em que o conhecimento é partilhado entre talentos».

Teresa Lopes Gândara realça que «trabalhamos todos os dias para construir um ambiente mais equitativo e inclusivo para que todos os colaboradores se sintam integrados, independentemente da antiguidade, cargo, formação académica, condição socioeconómica, género, idade, deficiência, nacionalidade ou etnia».

Esta força de trabalho diversificada é, diz a responsável, benéfica para todos: os colaboradores, uma cultura de inovação, os clientes e os parceiros. É por isso que a empresa aderiu, em 2021, à Carta Portuguesa para a Diversidade.

Outra aposta de relevo refere-se à formação contínua e às certificações. «Apostamos na formação, não só técnica, mas também comportamental e de línguas, estando em curso um programa de reforço de competências de liderança para as nossas linhas de gestão de topo e intermédias.»

A mobilidade dos colaboradores é outra prática da Noesis sempre que possível, não só interna mas também a nível internacional, facilitada pelo processo de expansão para outros países, que faz parte da estratégia da empresa nos próximos anos.

De acordo com os resultados do survey interno de 2021 da Noesis, relacionado com as iniciativas de Employer Branding desenvolvidas ao longo do ano, os colaboradores valorizam particularmente os temas relacionados com a sustentabilidade, bem como as iniciativas que os aproximam da equipa de gestão e que lhes permitem partilhar as suas dúvidas, questões e perspectivas de futuro.

Do mesmo modo, existe uma preferência pelos eventos presenciais. Segundo Teresa Lopes Gândara, «apesar de termos estado dois anos privados destes momentos, há muita vontade de regressar novamente aos convívios entre colegas».

 

Desafios
Segundo Teresa Lopes Gândara, o trabalho remoto trouxe benefícios como a melhor gestão de tempo, o aumento da produtividade individual e a redução de custos para as empresas e para os colaboradores. Mas também são identificáveis os pontos negativos desse regime: o isolamento, a linha ténue entre vida profissional e pessoal, maiores níveis de stress, menor ligação entre equipas e com a organização, maiores dificuldades no trabalho colaborativo, criativo ou de inovação.

Por outro, diz a responsável, «o “custo de mudança” baixou significativamente. As barreiras que existiam para mudar de emprego estão a ser derrubadas. Hoje é possível mudar de empresa — mudar de país, até — sem sair do seu home office!».

O principal desafio, hoje, passa por trabalhar novas variáveis que permitam criar elos com os colaboradores, para que estes mantenham um vínculo emocional à marca e continuem apaixonados pelo que fazem. «Com a pandemia, surgiram diferentes desafios ao nível da gestão das pessoas, que estiveram sempre no centro da tomada de decisões», explica Teresa Lopes Gândara.

Actualmente os novos modelos de trabalho terão que ser adaptáveis à especificidade de cada equipa e funcionar para colaboradores e para a organização. O desafio é o de procurar encontrar o modelo mais equilibrado e que melhor serve os interesses e expectativas de todos os colaboradores.

«Este é o tempo de colocar – ainda mais – as pessoas no centro da organização e o desafio passa por acomodar o futuro do trabalho – mais digital, flexível e híbrido – às diferentes necessidades e expectativas dos colaboradores, das organizações e do negócio», acrescenta Teresa Lopes Gândara.

 

Atrair e reter
Com a evolução do mundo organizacional nos últimos anos, a que se juntaram os desafios relacionados com os novos modelos de trabalho e a escassez de profissionais, atrair e reter os melhores talentos é um processo cada vez mais complexo e exigente.

Na Noesis, a retenção de talento assume uma importância crescente e está associada a um conjunto de práticas e políticas com o objectivo de garantir que os seus colaboradores, e melhores talentos, permanecem na organização satisfeitos. De acordo com Teresa Lopes Gândara, «este tipo de programas pode e deve ser aplicado em todos os perfis de empresas, independentemente da sua dimensão ou sector de actividade. Garantir uma força de trabalho estável, motivada e alinhada com os objectivos e propósito da organização, é sinónimo de maior competitividade, com evidentes benefícios para o próprio negócio».

A responsável acrescenta que «estamos cientes de que esta é uma das áreas que é necessário fomentar e melhorar, estando prevista a criação de uma iniciativa e/ou programa formal de inovação, capaz de envolver, incentivar e premiar a participação dos colaboradores na procura de novas soluções ou na melhoria de processos com impacto no negócio».

Outro dos objectivos passa por desmistificar a ideia de que o TI e as áreas tecnológicas são um mundo de homens. Na Noesis há cada vez mais mulheres a trabalhar e a empresa acredita que esta é a melhor forma de promover o TI junto do talento feminino e, assim, reter e atrair mais profissionais.

 

O futuro do trabalho
Teresa Lopes Gândara considera que a pandemia provou que é possível explorar novos modelos e ajudou a quebrar alguns mitos relacionados com o trabalho remoto. «Esta experiência, até pela forma abrupta como ocorreu, veio também expor outro tipo de problemas e dificuldades associadas a esse mesmo trabalho remoto. Parece-nos claro que um modelo 100% remoto, na maioria dos negócios e organizações, não será o modelo mais virtuoso, da mesma forma que o modelo presencial pré-pandemia também não será o modelo mais adequado para muitas organizações e negócios. Encontrar esse equilíbrio será o segredo.»

 

Este artigo foi publicado na edição de Abril (n.º 136) da Human Resources, nas bancas.

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