Portugália: O foco na experiência dos colaboradores

A caminho dos 100 anos e com vários desafios ultrapassados no caminho, o Grupo Portugália assume como prioridade aumentar a taxa de retenção das suas pessoas, continuar a aposta na formação e melhorar a Employee Experience.

 

Por Sandra M. Pinto

 

No dia 10 de Junho de 1925 nascia a Cervejaria Portugália, na esquina da fábrica de cerveja do mesmo nome, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa. A cerveja era o principal motivo, mas com ela vieram os mariscos e os famosos bifes com molho, que rapidamente se tornaram o ex-líbris da casa. Em 1997, teve início a expansão do conceito da Cervejaria Portugália para uma rede de restaurantes que hoje se encontra por todo o país.

Actualmente, o grupo é composto por diferentes áreas de investimento, sendo a restauração a mais conhecida, com sete marcas diferentes: Cervejaria Trindade, Cervejaria Ribadouro, Portugália Cervejaria, Portugália Balcão, La Brasserie de L’Entrecôte, Segundo Muelle e a Manteigaria. No total, são 26 espaços em funcionamento em território nacional, um em Macau, 16 lojas em regime de franchising e 800 colaboradores.

«O Grupo Portugália Restauração vive muito da sua história e dos valores de sempre: tradição e património, sabores típicos, genuinidade, inovação e aposta nos colaboradores», salienta Vera Chaves, directora de Recursos Humanos do Grupo. «Não temos dúvidas de que o reconhecimento do nosso grupo e dos nossos conceitos está no reforço dos nossos valores.» Hoje, o foco da empresa está em dar uma experiência cada vez melhor aos seus colaboradores, pois acredita que são eles os maiores embaixadores da marca.

Para uma organização a caminho dos 100 anos foram muitos os desafios ultrapassados, sendo que, para Vera Chaves, um dos maiores foi a superação da crise de 2011. «Diz-se que a crise terminou em 2014 mas estivemos até 2017 a recuperar. Foi uma fase de contenção de custos e sacrifícios para todos, e o grupo teve que se reinventar», recorda, destacando como segundo grande desafio «o acompanhar o ritmo das mudanças que vivemos todos os dias no que diz respeito às exigências dos clientes e colaboradores».

Olhando para o mercado da restauração, a responsável acredita que «vivemos um momento histórico em relação à taxa de desemprego, que não apresentava valores tão baixos desde 2002. Mas vivemos também um momento de carência de mão-de-obra qualificada para trabalhar na Restauração, sendo esse um dos maiores desafios do sector». A estes desafios principais, Vera Chaves junta mais três: «O desafio da formação, da exigência e desgaste da profissão e o grande desafio da dignificação da profissão, o qual se apresenta como uma preocupação e prioridade do sector.»

A taxa de rotatividade nos primeiros três meses ronda, actualmente, no Grupo, os 40%, quando a média de mercado está acima dos 50%. «Acreditamos que esta taxa de rotatividade se deve a vários factores, a maioria deles externos ao grupo», defende a directora de Recursos Humanos, identificando, nomeadamente, a inadaptação à função, o facto de Lisboa ser um ponto de passagem para outro país – no caso dos estrangeiros – e a falta de vocação para a profissão, que é encarada como uma solução provisória de carreira.

«O nosso foco continua a ser a Employee Experience, ou seja, a experiência que proporcionamos aos nossos colaboradores, desde a altura em que ainda são candidatos até ao momento em que deixam de trabalhar connosco», afirma, revelando que enfrentam ainda o desafio do alinhamento geracional e cultural. «Temos pessoas desde os 20 aos 50 anos, com mentalidades e formas de estar muito diferentes, oriundos de 26 nacionalidades distintas. Para o alinhamento destas equipas é preciso muita compreensão, respeito e uma comunicação clara e constante.»

 

 

Leia o artigo na íntegra e saiba conheça as políticas que o grupo Portugália está a implementar para promover esta Employee Experience, na edição de Janeiro da Human Resources, nas bancas.

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