Carla Marques, CEO da Intelcia Portugal: A relevância do outsourcing e o impacto negativo da nova lei na competitividade
Carla Marques, CEO da Intelcia Portugal, faz notar que «é inegável que o outsourcing desempenha um papel crucial nas empresas que enfrentam desafios cada vez mais globais».
«É com satisfação que nesta 47.º edição do Barómetro Human Resources constato que quase 50% dos inquiridos respondem que, para as suas empresas, o recurso ao outsourcing é importante. É inegável que o outsourcing desempenha um papel crucial nas empresas que enfrentam desafios cada vez mais globais. Uma ferramenta de gestão onde flexibilidade, expertise e optimização são essenciais para impulsionar o crescimento e a competitividade.
A limitação do uso do outsourcing durante um ano após um despedimento colectivo é indicado por 65% dos inquiridos, que terá impacto negativo para as empresas e para o emprego. Essa restrição limita a capacidade das empresas de se adaptarem rapidamente às mudanças no mercado, dificultando a eficiência operacional e a inovação. Podendo, inclusive, resultar numa menor flexibilidade e competitividade.
No contexto económico actual, as empresas assumem, cada vez mais, um papel social, os resultados deste barómetro reflectem isso mesmo, onde 73% das empresas afirmam desenvolver programas de saúde mental. No entanto, 50% dos inquiridos indicam que apenas uma minoria dos colaboradores adere a estes programas, e 70% referem que é também uma minoria de colaboradores que partilham com a empresa situações de saúde mental.
Considero que estes resultados reflectem ainda o estigma que existe em torno deste tema. É fundamental que o enfrentemos com seriedade e, ao mesmo tempo, com transparência e respeito, para que todos se sintam à vontade para pedir ajuda, sem receio de julgamento ou risco de represálias. É crucial combater esse preconceito e que as empresas desenvolvam uma cultura mais saudável, solidária e produtiva. Estamos no bom caminho, mas, a meu ver, este caminho é ainda longo e pouco usado por muitos.»
Este testemunho foi publicado na edição de Junho (nº.150) da Human Resources, no âmbito da XLVII edição do seu Barómetro.
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