Católica Porto Business School: A formação como factor diferenciador das empresas do futuro

Definições de sustentabilidade, responsabilidade social e ética fazem parte desde há alguns anos da formação de quadros superiores da Católica Porto Business School, entidade que defende que uma organização do futuro passa pelas componentes de hard e soft skills.

 

Com uma larga experiência na formação de executivos, a Católica Porto Business School tem vindo a assistir a um incremento da formação, solicitada ou patrocinada pelas empresas que não tem, necessariamente, a ver com a componente técnica, mas sim com o sentimento de que a formação simplesmente deixa as pessoas mais felizes, motivadas e, consequentemente, produtivas. Para Carlos Vieira, director executivo da Formação Executiva da Católica Porto Business School, «esta será a diferença das empresas do futuro».

 

De que forma a Católica Porto Business School tem vindo a aproximar-se mais do mundo corporativo para a formação de profissionais?
A formação de profissionais é, desde o início da criação da Católica Porto Business School e muito especificamente da área de formação de executivos, uma realidade insofismável. Recordo que a criação da área de formação de executivos decorre de uma parceria, sob a forma da associação para a Escola de Gestão Empresarial, entre a Universidade Católica Portuguesa e a AEP – Associação Empresarial de Portugal. E a Católica Porto Business School pode orgulhar-se de estar ligada a muitos dos sectores, quer do lado da formação, quer do lado da investigação aplicada.

O nosso foco é, desde o início, a formação de quadros superiores, essencial à dinamização do valor acrescentado económico e, nos últimos anos, está focada na qualificação desses quadros nas definições de sustentabilidade, responsabilidade social e ética. Hoje sabemos que a visão de uma organização do futuro passa pelas componentes de hard e soft skills, mas a Católica Porto Business School já o vem demonstrando há muitos anos. É essa uma das nossas mais- -valias, que conseguimos fazer reflectir na qualidade da nossa formação, medida pelo grau de satisfação de quem a frequenta e no impacto que a mesma tem nas organizações.

 

Depois de dois anos de grandes mudanças, quais são as estratégias da Católica Porto Business School para a promoção da sua oferta junto de empresas e formandos particulares?
As estratégias de promoção apoiam-se actualmente no digital, como forma de chegar a um público mais vasto. Antes da pandemia existia uma preocupação em fazer eventos de relevância técnica e científica que aproximassem os stakeholders cada vez mais da escola. Isso alterou-se um pouco, com o reforço do contacto digital e da disponibilização de webinares também sobre temas relevantes, com uma ligação aos cursos desenvolvidos.

Adicionalmente, importa ressalvar que a oferta de formação executiva da Católica Porto Business School passa muito pela interação com as organizações da sua comunidade educativa. Nesse sentido, a Católica Porto Business School procura responder às solicitações do mercado e das indústrias em que mais actua em termos da formação. Esta realidade reforçou as parcerias com empresas ou associações empresariais, permitindo-nos construir novos cursos ou alterar cursos existentes, por forma a estarmos permanentemente atualizados.

 

Quais os factores diferenciadores da experiência de estudar na Católica Porto Business School?
Temos muitos factores diferenciadores, mas, se tiver de escolher um, o nosso corpo docente e não docente, com uma relação muito próxima com os alunos, reforçado por uma estrutura humanista, é um factor que, nas avaliações que fazemos, surge mais destacado. O corpo docente reúne alguns dos melhores professores e investigadores nacionais e internacionais nas suas áreas de intervenção e docentes das indústrias que são especialistas nos seus sectores de actividade e que têm competências pedagógicas com elevados padrões de qualidade.

Todos os restantes factores de relação com os nossos stakeholders, permitem uma dinâmica na leccionação e no desenvolvimento de projectos aplicados que os alunos valorizam imenso. Assim, estudar na Católica Porto Business School é uma experiência de vida, com impacto directo na realização profissional e pessoal de um aluno.

 

Como têm sido adaptados os programas da Católica Porto Business School para dar resposta à nova realidade das empresas, após dois anos de transformação?
As empresas, independentemente da sua dimensão, percebem que têm de melhorar a experiência dos seus trabalhadores. Ao mesmo tempo, a realidade actual no mercado laboral apresenta um incremento de aspectos menos positivos para as organizações, como a saúde mental dos seus colaboradores e a Great Resignation, para além das óbvias rotações entre empresas, que estão, claramente, a aumentar. Assim, as empresas, para captar e manter talento têm de apresentar aos seus trabalhadores, independentemente das fórmulas contratuais, uma proposta de valor e de ciclo de vida. A formação surge, obviamente, neste segundo ponto, como ponto fulcral de evolução profissional numa organização.

 

Hoje, a formação que as empresas procuram é mais uma forma de upskilling ou de reskilling?
Assistimos a um incremento da formação, solicitada ou patrocinada pelas empresas que não tem necessariamente a ver com a componente técnica tout court, mas sim com o sentimento de que há formação que simplesmente deixa as pessoas mais felizes, motivadas e, consequentemente, produtivas. Este é um paradigma importante. Correndo por vezes o risco de que os seus trabalhadores obtenham conhecimentos fora das suas áreas de actividade numa empresa e que, assim, possam buscar outras oportunidades laborais, há a percepção de que, essa realidade permite um aumento da satisfação do trabalhador com a sua empresa, que lhe proporcionou esta e outras oportunidades de enriquecimento pessoal. No entanto, continuamos a ter oferta específica para empresas, com alguma dimensão, focada nos quadros médios e superiores e que pretende, para além dos hard skills, desenvolver as soft skills em ambiente de colaboração intraempresa.

 

Depois de dois anos com várias alterações quanto ao método de ensino, a formação de executivos é hoje maioritariamente presencial ou online?
O ensino híbrido foi muito importante na fase da pandemia, em que as limitações de saúde pública impunham um modelo que não prejudicasse os alunos. Após este período de evolução, entendemos que os modelos híbridos não são os melhores para todas as partes envolvidas. Assim, estamos a privilegiar o modelo blended em que cada equipa pedagógica de cada curso define as unidades curriculares que serão dadas exclusivamente em formato presencial ou online.

Também temos alguns cursos exclusivamente online que têm funcionado muito bem. Destaco o curso geral de fiscalidade e o curso internacional Globally Responsible Leadership for Sustainable Transformation, em parceria com outras seis universidades de quatro continentes.

 

E quais são os desafios destas mudanças actualmente?
As empresas quando contratam formação procuram mais que uma transmissão de conhecimentos e, nesse sentido, a nossa noção de que a formação presencial tem mais impacto positivo que a online, surge desta troca de experiências e da relação permanente com todos os nossos stakeholders. Assim, não descartando a formação exclusivamente online, o sentimento é que, em termos de metodologias de transmissão e de reforço das competências profissionais e pessoais dos trabalhadores, o presencial é mais importante.

 

Quais as novas valências que os líderes terão de ter nesta nova realidade e que podem ser adquiridas pela via da formação?
As alterações que se verificam e que se perspectivam no médio e longo prazo vêm originar riscos e oportunidades, como em todas as situações de acção/reacção. O facto é que, por um lado, estas mudanças obrigam a pensar os negócios em função de um mundo em permanente mudança e, por outro, assiste-se a uma maior dificuldade na captação e manutenção do talento. Isso está a potenciar um aumento da formação executiva, de iniciativa das empresas, e esta procura parte dos quadros de topo da gestão, dos próprios CEO que, em muitos casos assumem eles próprios o pelouro da gestão de pessoas e do conhecimento.

 

Que novidades estão previstas desde já para Setembro?
Estamos a fazer uma aposta em novas Pós-Graduações e em formações complementares das mesmas. A Pós-Graduação em Fashion Management, que se iniciou no passado mês de Maio, é uma grande novidade. A partir do próximo ano lectivo, teremos as Pós-Graduações em Management Analytics e Strategic Decision Making, Medicina do Desporto, Reabilitação e Gestão, Gestão de Pessoas, Economia do Mar, Gestão no Sector Agroalimentar, Gestão de Operações, Logística e Supply Chain, Innovation for Sustainable and Regenerative Business e Fiscalidade Avançada.

Destaco também a formação internacional, com o novo Programa Atlântico, em parceria com a Católica Luanda Business School e o Instituto de Administração e Gerência da PUC Rio. Iremos também incrementar a oferta formativa na área da Administração Pública e Autárquica, com parceiros relevantes do sector.

 

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Formação” publicado na edição de Junho (n.º 138) da Human Resources.

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