CEO da Apple alerta que governos terão dificuldades em regular a utilização de tecnologia inerente ao ChatGPT (e similares)

O director executivo da Apple, Tim Cook, alertou esta terça-feira que a tecnologia inerente aos chatbots com Inteligência Artificial (IA) generativa é tão poderosa e muda tão rapidamente que os governos terão dificuldade em regulá-la.

 

«A regulamentação [estatal] terá dificuldade em acompanhar o progresso desta tecnologia porque esta está a mover-se muito rápido», frisou.

Desta forma, as empresas «devem aplicar as suas próprias decisões éticas» para além das regras que os estados estabelecem, apontou Tim Cook numa entrevista à estação ABC.

Cook apontou que os modelos de linguagem (LLM, large language models) que estão por trás de chatbots como o ChatGPT da OpenAI, o Bing da Microsoft e o Bard do Google são muito «promissores», mas podem ser uma faca de dois gumes.

«Acho muito importante ser muito determinado e cuidadoso no desenvolvimento e implementação destes LLM porque sendo tão poderosos, preocupamo-nos com coisas como a desinformação», destacou o CEO da Apple.

Na semana passada, um grupo de mais de 300 especialistas e investigadores do sector, incluindo o CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis, o CEO da Anthropic, Dario Amodei, e o CEO da OpenAI, Sam Altman, alertaram numa carta que a IA representa um «risco de extinção» comparável a pandemias ou guerra nuclear.

Tim Cook confessou, na entrevista, que o próprio utiliza o ChatGPT e que essa tecnologia é algo que a sua empresa «está a analisar de perto».

No que diz respeito à IA em geral, o principal representante da Apple lembrou que esta é uma tecnologia que já está integrada nos produtos da sua empresa, mas que quando as pessoas a utilizam não pensam «nela como IA».

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