Cerca de 46 mil empresas renovaram pedidos de lay-off

O número de pedidos deferidos pela Segurança Social para renovação da medida de apoio à suspensão de contratos e redução da prestação de trabalho (lay-off), em Maio, atinge 46.448, abrangendo 353 mil trabalhadores, referiu o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em audição no parlamento. A notícia foi avançada pelo Dinheiro Vivo.

 

«As prorrogações de lay-off já chegaram a menos entidades empregadoras. 46 mil entidades empregadoras apresentaram pedidos admissíveis de prorrogação de pedidos de lay-off, abrangendo 353 mil trabalhadores», informou o ministro no balanço que compara com 99 mil pedidos iniciais em Abril, afectando 780 mil trabalhadores.

Em relação aos pagamentos, os pedidos iniciais de lay-off em Abril custaram ao Estado 321 milhões de euros. Já os pedidos de renovação já pagos atingem os 130 milhões de euros, com o governo a garantir que desta vez não há demoras. «Neste momento, as coisas estão em velocidade cruzeiro», afirmou Pedro Siza Vieira em resposta aos deputados.

Quanto àquele que será o futuro da medida a partir de Junho, a ser conhecido esta quinta-feira no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social que o Conselho de Ministros deverá aprovar, o ministro não adiantou detalhes, limitando-se a reforçar a ideia de que não deverá haver apoio à suspensão de contratos de trabalho como sucede até aqui em 77% dos casos, conforme a informação actualizada.

«Aquilo que agora precisamos é de assegurar um apoio aos salários mais do que manter as pessoas em casa sem fazer nada», disse Pedro Siza Vieira. O ministro não deu conta de qual será o nível de salário mantido em lay-off, mas reiterou a ideia de que o «nível de retribuição aos trabalhadores não pode assentar num corte tão significativo dos seus rendimentos» (o semanário Expresso avançava no fim de semana que o governo estará a estudar a possibilidade de garantir 100% da remuneração entre os salários mais baixos).

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