Cibersegurança: há emprego mas faltam candidatos

O valor médio dos salários nas profissões ligadas à cibersegurança em Portugal aumentaram entre 7% e 9% em 2018, revelam dados divulgados pela Spring Professional, do grupo Adecco.

 

Com as empresas cada vez mais informatizadas, a guerra por especialistas em cibersegurança resultou num aumento salarial nesta área. «Sentimos que hoje, a atracção e retenção de talento de profissionais para este sector e com o nível de especialização requerido leva ao fenómeno natural do aumento das condições salariais oferecidas pelos empregadores», diz Catarina Carvalho, directora da Spring Professional Portugal.

Mas isso não chega para encontrar quem ocupe as vagas anunciadas. A procura por talento é ainda muito superior ao número de candidatos, o que leva a que as empresas optem por contratar profissionais no mercado há menos de um ano. «Este aumento da procura vs a oferta em número de candidatos faz com que tendencialmente as organizações apostem em perfis recém licenciados, embora já com ofertas salariais acima do valor médio», nota.

A escassez de profissionais nesta área faz com que também seja cada vez mais usual a presença activa de grandes organizações em feiras e projectos nas diferentes universidades ligadas às novas tecnologias. O objectivo é «ampliar o interesse por parte dos alunos e potenciais candidatos e como forma de garantir que são escolhidos no futuro», de acordo com a Spring Professional.

Por outro lado, e apesar de a área de IT ser tradicionalmente dominada por homens, há cada vez mais empresas a incentivarem a presença feminina no setor. »Portugal está no topo da lista com a maior percentagem de mulheres formadas nas áreas de ciências, matemáticas e tecnologias do grupo (57%), muito à frente da média da OCDE (39%) e mesmo da vizinha Espanha (35%)», salienta Catarina Carvalho.

 

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