Cinco sugestões de leitura para o confinamento

A pandemia COVID-19 permitiu-nos olhar para dentro, parar para pensar e reflectir sobre o que realmente importa. Tendo isso em mente, a Bertrand deixa como sugestão de leitura algumas obras para descomplicar a filosofia.

 

Para que serve a filosofia? de Mary Midgley
Porque devemos interessar-nos por filosofia? Será a filosofia um estudo pormenorizado como a metalurgia? Ou será parecida com a história, a literatura ou a religião? Mary Midgley, uma das mais importantes filósofas do século XX, procura uma resposta para estas questões. Confrontados com a vertiginosa evolução científica e tecnológica, podemos interrogar-nos se continuamos a precisar da filosofia para nos ajudar a refletir nas grandes questões do significado, conhecimento e valor? A resposta é: a filosofia continua a ser absolutamente necessária.

 

Eu sou dinamite, de Sue Prideaux
A obra de Friedrich Nietzsche rebentou com os alicerces do pensamento ocidental. No entanto, é um dos filósofos mais mal interpretados da história. Nesta biografia destruidora de mitos, Sue Prideaux mostra-nos que Nietzsche, habitualmente visto como ameaçador, é afinal um homem brilhante, excêntrico e profundamente perturbado, ao mesmo tempo que clarifica acontecimentos e pessoas que moldaram a sua vida e o seu pensamento. Uma viagem  ao mundo de uma figura cuja obra continua a incendiar debates e a despertar emoções.

 

A república dos espíritos livres, de Peter Neumann
Enquanto a ordem social e política da Europa era abalada pelos ideais da Revolução Francesa, um grupo de jovens intelectuais alemães escolhia Iena como ponto de partida para um novo rumo de ruotura filosófica. As figuras mais destacadas deste grupo — os irmãos Schlegel e as suas mulheres, o filósofo Schelling e o poeta Novalis —, decididas a pensarem o mundo de maneira diferente, estabeleceram aí uma república de espíritos livres. Não se limitaram a pôr em questão as tradições sociais adquiridas, mas revolucionaram o nosso conhecimento da liberdade e da realidade, numa revolução cujo impacto ainda hoje é sentido.

 

À mesa como os filósofos, de Norman Baillargeon
Deveria tornar-se vegetariano? Que ideias ou que ideais estão subjacentes à cerimónia do chá? Podemos considerar a cozinha uma arte? A reputação dos grandes chefs é sobrestimada? Com o livro À Mesa com os Filósofos, do filósofo canadiano Normand Baillargeon, é possível meditar com os filósofos sobre estas e outras questões intrinsecamente ligadas à comida.

 

Diderot e a arte de pensar livremente, de Kate Raworth
Uma biografia plena de vivacidade de Diderot, o filósofo profeta que ajudou a construir os alicerces do mundo moderno. Neste livro, Andrew S. Curran descreve de forma vívida o relacionamento tormentoso de Diderot com Rousseau, a sua curiosa correspondência com Voltaire, as suas paixões amorosas e as suas opiniões frequentemente iconoclastas sobre a arte, o teatro, a moral, a política e a religião. E evidencia a maneira como a tumultuosa vida pessoal do escritor se tornou uma componente essencial do seu génio e da sua capacidade para escarnecer de tabus, dogmas e convenções.

 

 

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