Cinco tendências-chave para uma transição verde no mundo do trabalho

Um estudo do Grupo Adecco revela que sem desenvolvimento de competências a economia global pode perder cerca de 71 milhões de postos de trabalho até tornar-se circular. A disrupção provocada pela pandemia levou várias empresas a acelerar a transição digital e vários governos e entidades anunciaram apoios financeiros para o “recomeço verde”. 

Da ‘Grande Resignação’, ou demissão em massa, o fenómeno da era pandémica que levou milhões de americanos a desistirem dos seus empregos voluntariamente, passamos para a ‘Grande Redistribuição’, em que as pessoas procuram trabalhos mais gratificantes e sustentáveis a nível ambiental, económico e de bem-estar. O Grupo Adecco reforçou os seus dados com os do LinkedIn e indica quais as cinco tendências-chave para uma transição verde no mundo do trabalho.

 

Cinco tendências que definem a transição para uma economia verde

Segundo o relatório do LinkedIn Global Green Skills 2022:

1. A procura por talento “verde” em breve ultrapassará a oferta disponível 
O talento amigo do ambiente disponível entre a força de trabalho está a aumentar. Se em 2015 a quota de pessoas especializadas era de 9,6%, em 2021 era de 13,3% (crescimento de 38,5%).

 

2. A contratação de talento “verde” está a acelerar mais rapidamente do que a contratação em geral
Esta tendência intensificou-se com a pandemia, o que demonstra que o talento “verde” é mais resiliente à crise do que o restante tipo de talento.

 

3. Actualmente existe equilíbrio entre as competências verdes que são necessárias 
Sustentabilidade, energias renováveis, sensibilização ambiental, ambiente, saúde e segurança e responsabilidade social empresarial fazem parte das 10 competências ambientais mais procuradas.

 

4. As competências verdes que mais têm crescido são mainstreaming e emergentes
As competências que mais têm crescido são gestão de ecossistemas, políticas ambientais e prevenção de poluição. No entanto, uma maioria de competências é ainda necessária em áreas que não são habitualmente pensadas como verdes, como gestores de frotas, cientistas de dados ou trabalhadores de saúde.

 

5. O volume de trabalhadores que se estão a adaptar às novas necessidades é demasiado baixo
Tal como revela o relatório do LinkedIn, se a colocação de anúncios de contratação de trabalhadores ambientais tem vindo a crescer em média 8% anualmente nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores com competências ambientais a colocar o seu perfil nesta rede profissional tem crescido 6% no mesmo período. Apesar de cada vez mais trabalhadores estarem a desenvolver este tipo de competências, o número de pessoas que tem vindo a adaptar-se às novas necessidades “verdes” é demasiado baixo.

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