Cinco tendências de Comunicação Interna

A comunicação interna está a mudar lentamente. Continuamos a ver newsletters e revistas com conteúdos que raramente deixam os colaboradores entusiasmados. Estes querem ser ouvidos, levados a sério e apreciam uma comunicação rápida e honesta.

 

Os colaboradores já não valorizam os conteúdos do costume – como “Entrevista com o CEO”, “O nosso escritório no Dubai” ou “O hobby secreto de”. Assim, enunciamos algumas das tendências que influenciarão a comunicação interna em 2019.

 

1 – Ouvir mais, enviar menos
Sabemos que é difícil ouvir. Creio que em muitas organizações, a gestão sénior fica satisfeita com os processos tradicionais: as análises anuais ao desempenho e os inquéritos anuais aos colaboradores. Estes processos são lentos e normalmente não exigem acção imediata. A liderança de topo não gosta de acções imediatas. Com os processos antigos, é possível fazerem de conta que estão a ouvir, quando não estão.

 

2 – Mais entre pares e de baixo para cima, e menos de cima para baixo
A comunicação interna tradicional concentra-se nas comunicações de cima para baixo. O que precisam os nossos colaboradores de saber? Podemos observar uma mudança lenta a longo prazo para uma comunicação entre pares, juntamente com uma comunicação de baixo para cima, aproveitando a sabedoria da multidão. Tornou-se muito mais fácil reunir boas ideias e opiniões dos colaboradores na organização, sem ser necessário questionários longos e estruturados. Estão também disponíveis softwares potentes que analisam textos desestruturados. É preciso contrariar a tendência natural nas organizações, que continua a ser de cima para baixo.

 

3 – Mais personalização
A personalização na comunicação interna ainda tem um longo caminho a percorrer. Continua a haver muitas mensagens dirigidas a “todos”, e não personalizadas mediante os perfis individuais. Já existe, há alguns anos, ferramentas que ajudam a obter informação personalizada. E isso pode ser tão simples como: se eu marcar um voo na KLM, perguntam-me por que canal gostaria de receber o cartão de embarque e outras informações sobre o voo: email, WhatsApp ou SMS.

 

4 – Avaliação traduzida em acção – rapidamente
No ponto 1 mencionei a lentidão dos processos tradicionais. Os actuais processos primários nas organizações (“agile”, “design thinking”) exigem um feedback rápido e uma acção rápida com base nesse feedback.

A analítica da comunicação interna pode ser desenvolvida. As comunicações simples de cima para baixo podem também beneficiar da analítica de comunicação. Quantos colaboradores receberam e digeriram a nossa mensagem? Quais os canais que funcionaram melhor para quais colaboradores? Qual a essência da mensagem compreendida? As pessoas agiram depois da mensagem? Qual o visual que funcionou melhor?

A atenção constante só faz sentido se estivermos preparados para uma acção rápida, ao nível certo.

 

5 – Mais visual e vídeo, menos texto
Vemos um enfoque cada vez maior na comunicação visual. O uso empresarial do Instagram e do Facebook parece aumentar. Os sites de empregos e a intranet contêm muitas vezes muitas imagens visuais. A credibilidade das mensagens é mais alta quando estas são produzidas por pessoas reais e não por departamentos de comunicação. Existem ferramentas agradáveis que podem ajudar.

Fonte: Tom Haak, HR Institute

Este artigo foi publicado na edição de Fevereiro da Human Resources.

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