Com o fim do teletrabalho muitos profissionais revelam que preferem despedir-se a voltar ao escritório

Com a pandemia a regredir à medida que a vacinação avança, a pressão de alguns empregadores para que os colaboradores regressem ao escritório está a entrar em conflito com o desejo destes últimos que consideram o trabalho remoto como o seu novo padrão, refere o site 6minutos.uol.com.br.

Enquanto empresas como a Google, Ford Motor ou o Citigroup prometem maior flexibilidade, muitos directores executivos referem publicamente a importância de voltar aos escritórios. Alguns lamentam os perigos do trabalho remoto, dizendo que diminui a colaboração e a cultura da empresa. Jamie Dimon, do JPMorgan, afirmou numa conferência que o modelo não funciona «para aqueles que se querem esforçar».

Mas muitos  colaboradores não têm tanta certeza. O ano passado provou que muito trabalho pode ser feito de qualquer lugar, sem longas viagens em comboios lotados ou filas intermináveis de trânsito. Certo é que algumas pessoas voltaram ao escritório, mas outras mantêm preocupações persistentes sobre o vírus e sobre colegas que hesitam em vacinar-se.

Ainda é cedo para saber como será o ambiente de trabalho no pós-pandemia. Apenas cerca de 28% dos trabalhadores americanos regressaram aos escritórios, de acordo com dados revelados pela empresa de segurança Kastle Systems. Muitos empregadores ainda não fizeram essa exigência pois o vírus perdura e o processo de vacinação está longe de estar concluído.

Mas à medida que aumenta o regresso aos escritórios, alguns colaboradores demonstram querer outras opções.

Uma pesquisa com mil trabalhadores americanos mostrou que 39% considerariam despedir-se caso os seus empregadores não fossem flexíveis sobre o trabalho remoto. A diferença geracional é clara: entre a geração Y e a geração Z, esse número era de 49%, de acordo com pesquisa da Morning Consult para a Bloomberg News.

Não ter necessidade de se deslocarem e terem custos diminuídos são os principais benefícios do trabalho remoto, segundo uma pesquisa da FlexJobs junto de 2.100 pessoas. Mais de um terço dos entrevistados afirmaram ter economizado ao trabalhar em casa.

Nem todos têm flexibilidade para escolher, é um facto. Para os milhões de trabalhadores da linha de frente que enchem as prateleiras dos supermercados, tratam dos doentes nos hospitais ou distribuem entregas de bens, há poucas opções a não ser comparecer pessoalmente.

Mas entre os que podem, muitos avaliam alternativas, afirmou Anthony Klotz, professor associado da Texas A&M University «os chefes que assumem uma postura rígida devem ter cuidado, principalmente, devido à escassez de mão de obra na economia».

Fonte: 6minutos.uol.com.br

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