Como ter uma marca de empregador forte? É preciso casar Marketing e RH e envolver as equipas e a gestão de topo
Por Marta Matos, head of Marketing & Employer Branding, Tangível Group
Quando penso em Employer Branding, a primeira coisa que me vem à cabeça é colaboração. Esta jornada, longe de ser um monólogo, é um diálogo constante entre departamentos, estratégia e execução, onde cada passo conta. É um caminho colaborativo entre Marketing e Recursos Humanos, a que juntamos a orientação esclarecida da liderança de topo, e o compromisso com aprendizagens contínuas, de acordo com a evolução do mercado.
Casar Marketing e Recursos Humanos
A ligação entre Marketing e Recursos Humanos é a espinha dorsal de um Employer Branding eficaz. Enquanto o Marketing contribui com a sua experiência em comunicação e imagem das marcas, os Recursos Humanos oferecem uma compreensão profunda do ambiente interno, das necessidades dos colaboradores, e também dos candidatos, através do recrutamento.
Apenas esta colaboração pode resultar em mensagens autênticas e estratégias alinhadas com a cultura da empresa, reforçando a atracção e retenção de talento. A comunicação constante entre estas equipas é a chave para adaptar a estratégia às mudanças organizacionais e às tendências do mercado de trabalho.
Envolver a gestão de topo
É também essencial reconhecer a influência da gestão de topo da organização na criação e evolução da estratégia de Employer Branding. Uma liderança que compreende e apoia activamente estas iniciativas confere legitimidade e disponibiliza os recursos necessários para a sua implementação. Uma estratégia de Employer Branding só pode existir se estiver alinhada com os objectivos globais da empresa e contribuir para o sucesso organizacional a longo prazo.
É, aliás, dessa forma, que conseguimos envolver a gestão de topo: pegando nos objectivos de crescimento e aumento de eficiência da organização e criando iniciativas que os suportem. Por exemplo, se a administração pretende reduzir os custos de contratação, devemos pegar nesse objectivo, transformá-lo em indicadores concretos e mensuráveis (KPI), e desenvolver actividades de Employer Branding nesse sentido, medindo o custo total e o custo médio de recrutamento, entre outras métricas.
Falando por experiência própria, no caso da Tangível e da Hyphen – empresas especializadas em User Experience Design –, o envolvimento dos vários departamentos e da administração na criação da estratégia de Employer Branding, desde o início, tem sido essencial.
Sabemos que, para além de ser um trabalho colaborativo, Employer Branding é também um caminho contínuo e sem fim, de procura pela melhoria. É sobre criar algo que é bem recebido não só pelo mercado de trabalho, mas sobretudo pelas pessoas que fazem da empresa o que é.