Confiança dos líderes portugueses subiu, mas continua abaixo da média mundial

O Worldcom Confidence Index, o estudo mensal sobre a confiança e receios dos CEOs e CMOs, da The Worldcom Public Relations Group (Worldcom), referente ao mês de Junho confirma a previsão do relatório de Maio, de acordo com a qual a confiança dos CEOs em imagem corporativa e reputação de marca sofreu um impacto negativo.

 

A confiança neste tópico teve a terceira maior queda desde Maio – desceu 5% – sendo que saiu do top 5 de tópicos de confiança dos CEOs. Líderes na Índia marcaram o valor mais alto de confiança em imagem corporativa e reputação de marca, enquanto a Bulgária indicou o mais baixo, ocupando, assim, o último lugar.

 

Um indicador da crise que está por vir

O impacto da pandemia está a começar a manifestar-se nos níveis de confiança dos líderes com mais de 65 anos de idade – os quais sofreram a maior queda desde maio, de 4%. Tendo em conta que esta é a geração que já viveu o maior número de recessões/crises, esta queda de confiança pode ser um indicador da gravidade da crise que se avizinha. Registou-se a mesma queda na confiança relativa a influencias financeiras e económicas no sucesso empresarial. É esperado assistir-se a esta queda também em Julho. Quanto a este tópico, em último lugar, encontra-se a Eslováquia e, em primeiro, o Reino Unido.

 

Fadiga motivada pelo Zoom… novo factor a considerar?

Um outro resultado interessante foi a queda de confiança na utilização de tecnologia de colaboração. O emergir da pandemia veio acentuar a utilização de plataformas colaborativas online, como o Microsoft Teams e o Zoom, o que pode indicar um crescente cansaço provindo de reuniões virtuais.

Líderes do Reino Unido são os mais confiantes de todo o Índice, enquanto líderes búlgaros ocupam mais frequentemente os últimos lugares. Portugal abaixo da média de confiança de líderes mundiais.

Foram adicionados 15 países ao Índice, o que perfaz um total de 30 países de todo o mundo incluídos nos resultados de acompanhamento mensais. Evidenciam-se baixos níveis de confiança entre os países da Europa Central e Oriental. CEOs e CMOs destes países contam com os menores níveis de confiança em 12 dos 23 tópicos, com a Bulgária a ocupar o último lugar em 6 destes.

O ranking de confiança dos países conta com a Eslováquia na última posição. Contrastando, destaca-se o Reino Unido, que aparece no topo do Índice em 9 dos 23 tópicos, seguido de perto pela França, detentora do resultado cimeiros em 7 dos tópicos.

Portugal, por sua vez, encontra-se abaixo da média de confiança (por 0.9%). Contudo, registou a maior subida de confiança entre Maio e Junho – de 4.9%. Numa análise individual, a preocupação com a requalificação de trabalhadores foi a que mereceu um maior nível de confiança por parte dos líderes portugueses; por outro lado, o aspecto que inspira menos confiança tem que ver com o comércio global e acordos internacionais.

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