Conheça as tendências de recrutamento em 2023 no sector de Tax & Legal
Segundo o estudo anual da Michael Page sobre a evolução das principais tendências de recrutamento para o próximo ano para quadros executivos, o regresso à normalidade em 2022 contribuiu para o extremo dinamismo do mercado de trabalho, onde a procura por perfis das Sociedades de Advogados aumentou rapidamente. Os perfis de advogado mais procurados continuaram a ser aqueles com senioridade entre os dois e os cinco anos de experiência pós agregação.
No seguimento do que já se verificou nos últimos dois anos, o volume elevado de pedidos por parte de empresas continuou a ser uma tendência, provavelmente com o objectivo de continuar a reduzir custos com a externalização de serviços. Ao contrário dos anos anteriores, a procura por perfis mais seniores (com mais de cinco anos pós agregação), por parte de Sociedades de advogados, cresceu em determinadas áreas tais como Contencioso, Público, Corporate e M&A, Bancário e Financeiro, Regulatório e Concorrência, Fiscal e Imobiliário.
Manteve-se a tendência por grande parte dos candidatos que se encontram numa entidade prestadora de serviços na pesquisa de uma oportunidade no “Cliente final”, para posições In-house principalmente multinacionais e instituições financeiras.
No sector financeiro, a área de Compliance continua a ser um mercado interessante, e no que concerne às empresas multinacionais houve especial procura de perfis com experiência nas áreas de Corporate, Imobiliário, Protecção de Dados e Laboral.
Observou-se ainda que a maioria dos candidatos se tem tornado cada vez mais exigente, valorizando sociedades/empresas com funções aliciantes, bom ambiente de trabalho, líderes com os quais se identifiquem, planos de carreira desafiantes e com políticas de home office e fringe benefits flexíveis. Muitos candidatos mais juniores demonstraram interesse na possibilidade de funções com mobilidade internacional.
O sector ficou marcado por um aumento salarial significativo na grande maioria das sociedades, independentemente da dimensão, numa óptica de retenção das camadas mais juniores e intermédias, com o intuito de contrariar a grande rotatividade que caracteriza as principais sociedades.
No que diz respeito à remuneração variável, a maioria das Sociedades manteve os valores, esforçando-se por se tornar mais criativa e competitiva em matéria de fringe benefits e possibilidade de flexibilidade no que toca a home office. Também em contexto empresarial, as remunerações registaram aumentos face ao ano anterior, sendo certo que assistimos também a uma diversificação dos fringe benefits por parte das empresas, por forma a tornarem-se mais apelativas.
Como exemplos de remuneração nas sociedades de advogados, um advogado associado com quatro a sete anos pós agregação ronda os 35 mil euros, enquanto um advogado com 10 anos pode auferir até 78 mil euros.
O aumento significativo de salários ocorreu nas sociedades de pequena dimensão e no valor de entrada, com uma média de crescimento de 34%.