Conhece a filosofia “Think Human”? Esta empresa está a praticá-la

Na Webhelp, pratica-se a filosofia “Think Human”, que tem como prioritária a satisfação, a realização pessoal e o bem-estar dos colaboradores. Para esse desiderato, são promovidas várias iniciativas, em âmbitos diversificados, tendo como premissa base ouvir as pessoas.

 

Por Tânia Reis

 

A normalização do uso das novas tecnologias para trabalhar a partir de qualquer sítio do mundo tornaram Portugal um país muito atractivo para nacionalidades estrangeiras. «Com o fim da pandemia, diversos emigrantes e descendentes decidiram também regressar ao seu país e, com o conhecimento de vários idiomas a um nível nativo, encontraram na Webhelp uma oportunidade de carreira », garante Lina de Jesus, directora de Recursos Humanos da multinacional francesa que presta serviços em 19 línguas diferentes na área da experiência do cliente e soluções empresariais. Esses factores traduziram-se num crescimento de 25% no número de nacionalidades dos colaboradores, comparativamente com o ano de 2022. Assim, num universo de 2300 colaboradores, 50% são de nacionalidade estrangeira. E é nessa multiculturalidade que assenta o valor e força da Webhelp.

Para além dos portugueses, são os franceses, italianos e alemães que têm maior representatividade na multinacional. Lina de Jesus reconhece que trabalhar, diariamente, num ambiente multicultural é sem dúvida uma «influência muito positiva no desenvolvimento pessoal e profissional de cada um». Características como a tolerância e o respeito pelo outro são fomentadas nos colaboradores e, muitas vezes, as aprendizagens que resultam desta convivência laboral passam para o âmbito pessoal. A diversidade de pensamento e de pontos de vista partilhados pelos colaboradores é outra das grandes vantagens apontadas, já que «acaba por gerar uma maior criatividade e aumento de produtividade com ideias inovadoras e disruptivas».

Claro que «é necessário ter sempre em consideração a forma como os colaboradores estrangeiros são integrados na organização», ressalva a directora de Recursos Humanos, defendendo que essa constitui a principal premissa para um ambiente de trabalho multicultural positivo. Assim, ao longo dos anos, a Webhelp implementou várias medidas e iniciativas de forma a «aproximar e criar um bom ambiente de trabalho entre os colaboradores, sobretudo os que têm diferentes nacionalidades». Mas a gestão de equipas multiculturais também vem com desafios. «O preconceito inconsciente é algo ainda muito presente na nossa sociedade, e na Webhelp, acreditamos que o mesmo deve ser identificado e mitigado de imediato, evitando generalizações e estereótipos», faz notar Lina de Jesus. Para contrariar essa tendência, construíram «um ambiente de confiança e de segurança em que todos se sentem à vontade para participar e expor as suas opiniões». No fundo, pretendem «estimular capacidades como ouvir, comunicar e ter em consideração as diferentes perspectivas», que permitam encontrar as melhores soluções como colectivo.

Conteúdos específicos de formação para apoiar na gestão dessa multiculturalidade, ou ainda na consciencialização da existência de ideias preconcebidas e como podem ser contornadas, promovendo maior equidade, foi outra solução desenvolvida pela organização. «Os benefícios provenientes da integração de diferentes culturas no trabalho são inúmeros e, sem dúvida, uma das bases para o sucesso de qualquer empresa», realça a gestora.

 

Onboarding e mobilidade internacional interna
Para esta integração, é igualmente importante o processo de onboarding. Com uma metodologia 100% digital, pretende garantir, desde o início, uma experiência de excelência, prestando ainda o apoio necessário em todo o processo burocrático de quem pretende mudar-se para Portugal. O primeiro objectivo é «minimizar o mais possível todo o stress e incertezas associados a uma mudança de país». Com o processo de pre-onboarding digital, asseguram antecipadamente as necessidades dos colaboradores, como alojamento, número fiscal, entre outros, e a partilha de informações, bem como do contrato de trabalho, sobre o que podem esperar dos primeiros dias na Webhelp. Desta forma, «os colaboradores sentem que fazem parte da organização desde o primeiro dia», acredita Lina de Jesus.

A realização de que é possível trabalhar com a mesma eficácia, independentemente do local onde se está – fruto da pandemia –, também permitiu à Webhelp apostar na mobilidade internacional interna, materializada no programa “Work Abroad”. Nesse sentido, actualmente, qualquer posição que seja aberta num dos mais de 100 países onde a Webhelp actua é partilhada em todos os países. Isso significa que qualquer pessoa interessada e com as competências adequadas pode enviar a sua candidatura. «A melhor parte é que não existe a necessidade de mudar a vida toda para o outro lado do mundo», salienta a responsável.

Aliás, «a possibilidade de crescer, adquirir competências e conhecer novas realidades são as grandes mais-valias deste tipo de oportunidades», tornando ao mesmo tempo o «plano de sucessão muito mais dinâmico e criativo, ao abrir horizontes para além da esfera de actuação local».

 

Capacitar, ouvir e reconhecer
Descrever o “perfil médio” dos 2600 colaboradores da Webhelp, de 83 nacionalidades, sem cair em generalidades não é fácil. A directora de Recursos Humanos partilha que têm «desde jovens à procura do primeiro emprego, a pessoas com mais de 30 anos de experiência profissional nas mais diversas áreas, e que encontram na Webhelp a mudança que procuram numa determinada fase das suas vidas. Temos pessoas que procuram uma experiência temporária no estrangeiro, e outros que sempre sonharam estabelecer-se em Portugal e encontram na Webhelp a porta de entrada », completa. Seja qual for a realidade, são «pessoas dinâmicas, que gostam de ajudar o próximo e valorizam ambientes de trabalho informais».

Lina de Jesus acredita que, nos últimos anos, as soft skills se tornaram uma característica ainda mais valorizada, quando falamos de recrutamento. «Apesar de as competências técnicas serem necessárias para ocupar um cargo específico, são as soft skills que vão garantir o sucesso da pessoa nas suas funções, tornando qualquer pessoa num colaborador extremamente adaptável a situações diferentes ou de elevada tensão.»

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Março (nº. 147) da Human Resources, nas bancas. 

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