Considera o seu local de trabalho um lugar “honesto”?

85 % dos portugueses considera que sim. Mas quase metade não denuncia más condutas éticas. São duas conclusões do estudo sobre ética no trabalho, realizado pelo Institute of Business Ethics (IBE) e que, em Portugal, conta com a colaboração da Católica Porto Business School.

 

O estudo “Ethics at Work: 2018 Survey of Employees”, apresentado ontem na Católica Porto Business School, e pela primeira vez em Portugal, revela que, apesar de os colaboradores nacionais considerarem que a honestidade é praticada no seu local de trabalho (85% comparando com 78% dos trabalhadores europeus), 49% dos inquiridos refere não denunciar más condutas éticas, por não acreditar que seriam tomadas medidas para alterar a situação, que os abusos não são um assunto directamente da sua responsabilidade ou que a denúncia poderia colocar em perigo o seu trabalho.

No que se refere às questões de má conduta observadas, 52% dos colaboradores indica ter assistido a tratamento inapropriado, 38% relata comportamentos abusivos e 28% refere o registo incorrecto de número de horas trabalhadas.

Destaque-se, ainda, que 22% dos colaboradores inquiridos admite ter sido pressionado a comprometer os padrões éticos devido à pressão do tempo (36%), à escassez de recursos (29%) e, também, para cumprir ordens superiores (26%).

O relatório questiona os colaboradores sobre a forma como respondem aos dilemas éticos que surgem no quotidiano laboral, analisando a forma como têm conhecimentos de más práticas, se as reportam e, ainda, e caso não o façam, o que os impede de o fazer.

O estudo foi realizado pelo Institute of Business Ethics a 6.119 colaboradores, de oito países europeus: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Suíça e Reino Unido.

Em Portugal o estudo abrangeu 775 colaboradores e foi realizado entre 5 e 25 de Fevereiro de 2018. A Católica Porto Business School é o parceiro nacional do IBE para apoiar este estudo.

 

Veja também estas notícias.

Ler Mais