Construir casa é mais barato? Sim. Mas também mais complexo (não descure estes factores)

Personalização total, poupança face ao mercado e liberdade de escolha são vantagens de construir casa. Mas especialistas do ComparaJá.pt alertam: licenças, imprevistos e tempo de execução não devem ser subestimados.

Com o preço por metro quadrado a manter-se elevado nas principais cidades portuguesas, construir casa de raiz volta a ganhar força como alternativa à compra de habitação nova ou usada. No entanto, apesar do potencial de poupança, o processo está longe de ser simples — e exige mais do que um bom projecto arquitectónico.

De acordo com análise do ComparaJá, em 2025 o custo médio de construção varia entre 1000 e 2500 euros por metro quadrado, consoante a localização, os materiais e a complexidade da obra. Apesar de parecer competitivo face aos valores praticados no mercado, este montante não inclui o terreno, licenças, ligações ou eventuais derrapagens, que podem fazer disparar o orçamento.

Ao contrário da compra de casa, a construção exige que o consumidor lidere ou acompanhe um projecto complexo: escolha de empreiteiros, acompanhamento da obra, aprovação do projecto na Câmara Municipal e coordenação de múltiplas equipas e fornecedores. Para quem pretende evitar este tipo de envolvimento, soluções “chave na mão” podem ser uma alternativa — mas implicam custos adicionais e menor controlo sobre decisões.

Terreno e licenças: o custo invisível
Em muitos casos, o terreno pode representar 30% a 50% do custo total da construção. Se a parcela não estiver devidamente classificada no Plano Director Municipal (PDM), poderá ser necessário solicitar reclassificação ou investir em obras de infraestrutura (acessos, electricidade, saneamento), o que aumenta os encargos.

Além disso, a viabilidade de construção depende sempre da aprovação do projecto pela autarquia local, que poderá impor restrições com base em servidões, afastamentos mínimos, índices urbanísticos e cérceas.

Crédito habitação para construção: funciona por tranches
A maioria dos projectos é financiada através de crédito habitação com finalidade de construção, que tem regras próprias. O montante é libertado em tranches, à medida que a obra avança, e é necessário apresentar:

  • Projecto aprovado;
  • Licença de construção;
  • Orçamento detalhado da empreitada.

 

A grande vantagem é que os juros só são cobrados sobre o valor já utilizado, permitindo maior controlo financeiro durante a execução. No entanto, a análise por parte da banca é mais rigorosa, e o processo pode demorar mais do que um crédito tradicional.

Planeamento é essencial
Antes de avançar com a construção de uma casa, os especialistas recomendam uma abordagem racional:

  1. Comparar os custos de construção com a compra de casa pronta (nova, usada ou pré-fabricada);
  2. Incluir todos os custos “ocultos” no orçamento: licenças, acessos, fiscalização, imprevistos;
  3. Avaliar a disponibilidade de tempo para acompanhar a obra ou, em alternativa, recorrer a apoio especializado.

A decisão de construir pode ser financeiramente vantajosa — mas só se for planeada com rigor.

 

Decisão certa, com informação certa
Plataformas como o ComparaJá.pt permitem comparar opções de crédito para construção e simular o impacto financeiro real de um projecto. Com apoio gratuito e acompanhamento personalizado, é possível perceber se construir casa compensa mesmo — e como o fazer de forma sustentável.

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