Contexto de contratação favorável até fim do ano

O segundo Manpower Employment Outlook Survey (MEOS) em Portugal revela que 12% dos empregadores portugueses planeia contratar no quarto trimestre do ano.

De acordo com o MEOS para o quarto trimestre de 2016, os candidatos a um emprego em Portugal beneficiarão de um contexto de contratação favorável nos próximos três meses. Dos 626 empregadores portugueses que participaram neste inquérito, 74% planeia manter intacta a sua força de trabalho, 12% planeia aumentar a contratação e 8% planeia reduzi-la. Esta projecção, a confirmar-se, vai traduzir-se numa criação líquida de emprego de mais de 4%.

O inquérito do ManpowerGroup revela que os empregadores portugueses do sector de Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços, são aqueles que mais planeiam contratar (aumento na ordem dos 17%) no quarto trimestre. Comparando com o trimestre anterior, é possível verificar um aumento de 5% na intenção de contratação. Igualmente elevadas são as previsões no sector de Comércio Grossista e Retalhista, onde a projecção é de um aumento de 5%, e nos sectores da Indústria e de Transportes, Logística e Comunicações, com projecções na ordem dos 4%. O sector da Construção Civil é o que reporta os planos de contratação mais fracos, com uma descida de 2%.

«É antecipado um crescimento da empregabilidade em oito dos nove sectores de negócio e em quatro das cinco regiões auscultadas para o quarto trimestre», sublinha Nuno Gameiro, country manager da ManpowerGroup em Portugal, salientando ainda o facto de «numa análise relacionada com a dimensão das empresas, organizadas em quatro dimensões, é esperado um aumento dos níveis de contratação em três dimensões durante o quarto trimestre. As pequenas empresas – que têm entre 10 e 49 trabalhadores – partilham as previsões mais optimistas, com um crescimento da empregabilidade na ordem dos 8%», partilha.

Em oposição ao trimestre passado, as intenções de contratação na região sul do país revelam as perspectivas menos favoráveis para o trimestre (menos 3%), enquanto o norte espera um ritmo de crescimento de emprego mais acentuado (mais 11%).

«Terminados os meses de verão, é natural que na região sul – onde o turismo tem maior incidência – exista agora um decréscimo da necessidade de contratar», reconhece o responsável, acrescentando que, ainda assim, os 11% registados no norte «estarão relacionados com a Indústria presente na região, sector que prevê um crescimento de 4%, e com o sector Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços da área do Grande Porto, que espera um aumento de 6%».

Nuno Gameiro esclarece que «Portugal participa no MEOS pela segunda vez no quarto trimestre de 2016, sendo que ainda é cedo para se identificar e analisar padrões de confiança e tendências anuais. No entanto – ressalva -, dada a credibilidade deste estudo, que é realizado há mais de 50 anos em 43 países e territórios, e que tem sido repetidamente considerado e reconhecido como um dos indicadores mais fidedignos para o mundo do trabalho, muito brevemente estaremos em condições de estabelecer uma análise ainda mais completa e partilhar também as tendências do emprego com candidatos e empregadores de norte a sul do país.»

O MEOS é realizado a cada três meses e o objectivo é conseguir identificar e acompanhar os padrões de confiança dos empregadores portugueses, em nove dos principais sectores de actividade (Agricultura, Floresta e Pescas; Construção Civil; Fornecimento de Electricidade, Gás e Água; Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços; Indústria; Público; Restauração e Hotelaria; Transportes, Logística e Comunicações; Comércio Grossista e Retalhista) e em cinco regiões do país (Norte; Centro; Sul; Grande Lisboa; Grande Porto)

Em termos globais: 42 países com perspectivas positivas de contratação
A nível global, as respostas recolhidas indicam que a maioria dos empregadores perspectiva um crescimento das contratações, embora com variações, durante os próximos três meses. O MEOS revela que o emprego deverá crescer em 42 dos 43 territórios abrangidos, entre Outubro e Dezembro. Registam-se poucos casos de retoma assinalável na confiança dos empregadores e algumas trajectórias de redução, sendo a mais pronunciada, e que vem também desde o trimestre anterior, a do Brasil (menos 7%).

A incerteza associada ao decréscimo da economia global, o referendo do Brexit e a contínua volatilidade do mercado parece ter tido um impacto reduzido na confiança dos empregadores. Mais de metade dos empregadores, quando comparando com os últimos três meses, reforça as projecções, com os planos de contratação a crescer em 23 dos 43 países e territórios, mantendo-se inalteradas em nove países e decrescendo em 11. As projecções para o quarto trimestre melhoraram em 21 países e territórios, quando comparadas com o mesmo período em 2015, mantendo-se inalteradas em seis e diminuindo em 15. A confiança na contratação é mais forte na Índia, no Japão, em Taiwan e nos Estados Unidos da América, enquanto os empregadores do Brasil, Bélgica, Finlândia, Itália e Suíça reportam planos de contratação mais fracos.

Os dados completos de cada um dos 43 países e territórios, incluídos no inquérito do quarto trimestre de 2016, bem como as comparações regionais e globais, podem ser consultados em www.manpowergroup.com/meos. Os resultados do próximo inquérito serão divulgados a 13 de Dezembro de 2016 e revelarão as perspectivas do mercado do trabalho para o primeiro trimestre de 2017.

Sobre o MEOS
O MEOS é realizado trimestralmente, com o objectivo de medir as intenções dos empregadores de aumento ou redução do número de trabalhadores ao seu serviço, durante o trimestre seguinte. Este inquérito, realizado pela ManpowerGroup, é realizado há mais de 50 anos. Usa uma metodoligia reconhecida, construída para ser representativa de cada economia nacional. A margem de erro para todos os dados nacionais, regionais e globais, não ultrapassa os 3,9%.

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