Conversas sobre Employer Brand: O sector Automóvel em destaque

O sector automóvel tem um significativo contributo para a economia e está em profunda transformação. Para conhecer os maiores desafios ao nível da gestão de pessoas, a Randstad juntou numa mesa redonda de debate Paula Arriscado, directora de Recursos Humanos do Grupo Salvador Caetano, Dieter Neuhausser, da Volkswagen Autoeuropa, Patrícia Villas-Boas, People & Communication director da Schmidt Light Metal Group e Olga Pamplona, directora regional de staffing da Randstad Portugal.

 

 

No estudo Randstad Employer Brand Research 2021, recentemente divulgado, o sector da indústria ocupa o 8º lugar em matéria de atractividade para trabalhar. No top 3 de EVP (Employer Value Proposition) encontra-se em primeiro lugar o crítério de saúde financeira, que é o sexto da preferência global dos portugueses; em segundo lugar, o critério de boa reputação, que é o 16º mais importante para os portugueses; e em terceiro lugar o critério de Covid-19 local seguro para trabalhar, o 8º de maior relevância para a generalidade dos inquiridos no estudo da Randstad. Neste sector, a empresa mais atractiva para trabalhar é o Grupo Salvador Caetano.

Se tiver interesse em conhecer o estudo na íntegra, solicite aqui.

Em destaque

  • A presença do sector automóvel no 8º lugar dos mais atractivos para trabalhar pode explicar-se por ser muito voltado para dentro e por uma falta de comunicação para o exterior sobre como é trabalhar no sector. Sendo um motor da economia, seria de esperar que ocupasse um lugar mais cimeiro em termos de atractividade. Este sector é também um “alimentador de talento” para vários sectores de actividade e empresas. Os intervenientes concordam com a ideia de que o peso económico do sector é muito superior à sua posição no ranking de atractividade para trabalhar.

 

    • Os critérios de EVP onde o sector automóvel se destaca não são aqueles que os portugueses consideram mais importantes. Isto deve-se principalmente a uma questão de percepção dos inquiridos.

 

  • O sector automóvel aposta nas suas pessoas enquanto colaboradores e também enquanto clientes. Por outro lado, tanto em termos de produto, como de processos, este é um sector que está constantemente a inovar.

 

  • A questão da percepção é relevante e o sector automóvel precisa explicar melhor o seu negócio e o seu produto. Associa-se muito o sector automóvel à indústria, mas este sector é muito mais do que isso: é digital, é elétrico, é o computador mais complexo que manuseamos todos os dias. Isto tem de ser explicado ao mercado do trabalho.

 

  • Em termos de Employer Brand, é relevante o facto do sector exportar muita mão de obra para o exterior, no caso da Autoeuropa. Por outro lado, no Grupo Salvador Caetano, o sector tem estratégias para tornar a empresa um bom lugar para trabalhar e promove a mobilidade dentro do Grupo, por forma a reter o talento. Na Schmidt, a proposta de valor é trabalhada desde 2018 e é importante a ideia de dar voz a todos. Esta proposta é gerida desde o recrutamento até à saída, tendo em conta todo o percurso do colaborador dentro da empresa.

 

  • Foi difícil gerar um modelo de trabalho híbrido durante a pandemia. Em 15 dias, grande parte dos trabalhadores tiveram de ir para casa, uns para trabalhar, outros não. Com os colaboradores de escritório, foi bastante fácil, mas na linha de produção o teletrabalho não existe. Muitos trabalhadores do retalho ocuparam este período para formação na Salvador Caetano.

 

  • No caso da Autoeuropa, é referida a experiência que obtiveram das unidades da China no que diz respeito à gestão da pandemia ainda antes do primeiro confinamento em Portugal.

 

  • A Schmidt destaca que o grande desafio dos primeiros meses de pandemia foi ganhar a confiança dos colaboradores que tinha de ir trabalhar, de que dentro da fábrica estavam em segurança.

 

  • O mundo do trabalho não voltará ao pré-pandemia. No entanto, esta mudança no trabalho sempre existiu, a pandemia simplesmente acelerou o ritmo a que essa mudança acontece. Nos novos modelos haverá menos rigidez e mais flexibilidade e rapidez.

 

Assista aqui ao debate, na íntegra:

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