Conversas sobre Employer Brand: O sector de FMCG em destaque (com vídeo)

O sector de FMCG (Fast Moving Consumer Goods) viveu um paradoxo desde o princípio da pandemia. Por um lado, cafés, restaurantes e hotéis foram obrigados a fechar; mas, por outro, disparou a necessidade de abastecer as grandes superfícies de consumo, que bateram recordes de vendas. Esta realidade teve impactos na gestão de processos e de pessoas.

 

De acordo com os resultados do estudo Randstad Employer Brand Research, este sector ocupa o 10º lugar entre os mais atractivos para trabalhar. No top 3 de EVP (Employer Value Proposition) encontra-se em primeiro lugar o critério de “saúde financeira”, que é o sexto mais importante na decisão dos portugueses por um emprego; em segundo lugar o de “boa reputação” (16º mais importante para os portugueses); e em terceiro lugar o critério de “Covid-19 local de trabalho seguro” (8º mais importante para os portugueses). Neste sector, a empresa mais atractiva para trabalhar é a Delta Cafés.

Se tiver interesse em conhecer o estudo na íntegra, solicite aqui.

No vídeo abaixo, Ana Rita Lopes, directora de Recursos Humanos da Delta Cafés, Maria do Rosário Vilhena, directora de Recursos Humanos da Nestlé, Carla Bombeiro, directora de Pessoas da Sumol Compal e Nuno Troni, da Randstad, debatem os resultados do estudo da Randstad.

 

Em destaque

  • Sobre o posicionamento do sector de FMCG na 10ª posição, os intervenientes consideram que o sector tem vindo a decrescer de relevância devido ao que as gerações mais novas procuram numa empresa. Os jovens estão mais interessados em critérios como o valor social, a sustentabilidade e o impacto que podem ter na sociedade, factores que poderão enquadrar-se mais noutros sectores, nomeadamente tecnológicos.

 

  • Por outro lado, constata-se que os critérios em que as empresas deste sector se destacam não são necessariamente os mais importantes para os potenciais colaboradores nos resultados globais do estudo da Randstad. Também neste ponto, os intervenientes consideram que estes critérios de maior destaque são extremamente importantes para o sector, mas não são tão valorizados pelos colaboradores em geral, nomeadamente as gerações mais jovens.

 

  • A digitalização foi outro dos pontos abordados, com a questão da pandemia a ser apontada como um factor que reforçou os números do engagement com as empresas, isto devido à proximidade demonstrada num contexto tão inédito. Isto reforça também a componente emocional, principalmente na ligação a marcas tão presentes na sociedade portuguesa como a Delta Cafés, a Nestlé e a Sumol Compal.

 

  • A gestão de pessoas em tempos de pandemia foi outro dos pontos abordados. Todos os intervenientes concordam com a ideia de que em certo ponto os colaboradores tiveram medo de ir trabalhar e a reacção rápida foi importante para essa gestão. Não sendo possível enviar para um contexto de teletrabalho todos os colaboradores, foi preciso fazer uma gestão que garantisse a segurança dos colaboradores e assegurasse a comunicação para tranquilizar as pessoas. Como resultado, hoje em dia é importante para os potenciais colaboradores saber, logo num primeiro momento, se o regime de trabalho é presencial, em teletrabalho ou misto.

 

  • Outra ideia debatida foi a aceleração que a pandemia trouxe para processos de digitalização e Transformação Digital nas empresas. Já antes da pandemia estava em curso nestas empresas este processo de rever todos os processos e perceber onde eles poderiam ser digitalizados para aumentar a eficácia e libertar as pessoas para funções de maior produtividade. Os intervenientes concordam que este processo foi muito acelerado pela pandemia, num contexto em que, de um dia para o outro, tudo teve de se tornar muito mais ágil

Os intervenientes concluíram que o mundo do trabalho mudou, mas que será a maturidade e cultura das organizações a ditar se o futuro será o teletrabalho ou o regime presencial. Será preciso ter estratégias para manter o engagement e a “colagem” dos colaboradores à cultura da empresa. Por outro lado, o mais certo é que a realidade do trabalho seja ajustada a cada empresa, não havendo modelos que sirvam todas de uma forma transversal.

Assista aqui à mesa redonda de debate:

 

 

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