COVID-19. Apoio às empresas e famílias de Lisboa arranca na segunda-feira com 20 milhões de euros
As candidaturas para as novas medidas do programa Lisboa Protege, que incluem apoios às empresas e famílias devido à pandemia COVID-19, no valor de 20 milhões de euros, abrem na próxima segunda-feira, anunciou a Câmara Municipal.
O programa municipal Lisboa Protege «já distribuiu mais de 10 milhões a fundo perdido às lojas e restaurantes com quebra de facturação devido à pandemia», indicou o executivo camarário.
Em 11 de Fevereiro, a Câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, as novas medidas de apoio às famílias e às empresas da cidade, com apoios a fundo perdido no valor de 20 milhões de euros, no âmbito da pandemia COVID-19.
As medidas, que foram anunciadas no final de Janeiro pelo presidente da autarquia, Fernando Medina, inserem-se na segunda fase do programa municipal Lisboa Protege e destinam-se a apoiar as empresas, as famílias e os sectores cultural e social da cidade.
Esta fase do programa está orçada em 35 milhões de euros, sendo que 20 milhões são para os empresários com quebra de facturação superior a 25% nos três primeiros trimestres do ano passado ou na totalidade dos trimestres.
A Câmara de Lisboa já tinha anunciado no final do ano passado apoios a fundo perdido, entre quatro e oito mil euros, para os empresários, também no valor total de 20 milhões de euros.
Esta segunda fase vai abranger «mais 10.000 empresas e empresários» e proteger entre 80 mil a 100 mil postos de trabalho, de acordo com Fernando Medina.
As empresas que tenham uma facturação anual entre 500 mil euros e um milhão de euros passam a poder candidatar-se a um apoio de 10 mil euros.
Segundo a autarquia, esta linha a fundo perdido abrange novas actividades empresariais como panificação, pequenas oficinas de reparação, actividades criativas, desportivas e de lazer, ou todas as lojas com História.
«Lojas e restaurantes continuam a ser apoiados, agora até ao limite de um milhão de facturação, desde que tenham tido quebras superiores a 25%», informou o município.
A partir de agora, os empresários em nome individual, com facturação até 200 mil euros e contabilidade simplificada, também podem solicitar o apoio, podendo receber 2000 euros a fundo perdido.
Entre as medidas está ainda o apoio aos taxistas, no valor global de dois milhões de euros, que prevê a atribuição de «500 euros para cada um dos 4000 trabalhadores do sector», podendo beneficiar até dois profissionais por viatura com licença para operar na cidade.
O programa Lisboa Protege determina ainda o reforço do apoio às instituições sociais da cidade, no valor de sete milhões de euros, a redução das rendas de todos programas municipais de habitação (incluindo renda acessível) para quem perdeu remuneração, e o financiamento de vários programas sociais de apoio às famílias que perderam rendimentos, no valor de 2,5 milhões de euros.
A primeira fase do programa Lisboa Protege representou uma verba de 55 milhões de euros. As duas fases totalizam, assim, um investimento de 90 milhões de euros.