COVID-19. Desemprego em Portugal pode ultrapassar os 17% caso aconteça uma segunda vaga

De acordo com o estudo divulgado hoje pela consultora EY, caso aconteça uma segunda vaga da pandemia de COVIDd-19 em Portugal, a taxa de desemprego pode chegar aos 17,6% até ao fim de 2020, noticia o “Observador”.

 

Depois de a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estimar um desemprego de 14,6% no primeiro trimestre, «antecipando-se que termine o ano em 11,1%», no “Caderno de Notas” da EY, dedicado à “Crise Económica da COVID-19” prevê-se que «uma segunda vaga da Covid-19 no penúltimo trimestre de 2020 poderá empurrar a taxa de desemprego no país para 17,6%», alerta a EY, sublinhando que «o impacto será especialmente forte nas economias mais baseadas no emprego temporário e por conta própria».

É aqui que o nosso País sobressai «na UE (União Europeia), com um peso do emprego temporário de 17,9%, sendo superado apenas por Espanha (22,3%)», juntando à equação a EY o emprego por conta própria, que «também tem um peso forte na economia nacional (13,6%)».

Refere o “Observador”, citando a EY, que «os sectores com maior grau de socialização são os mais afectados pela crise e, como tal, os que contam com mais empregos em risco de redução de salário ou despedimento, o comércio (42,3%) e o alojamento e restauração (62,3%) apresentam uma maior proporção de trabalhadores menos qualificados e mais vulneráveis».

O estudo refere que as «três características centrais da crise económica associada à pandemia da COVID-19 mostram que a produção de serviços foi mais afectada que a produção de bens”, que os “constrangimentos à mobilidade de pessoas, restrições no contacto social e nas formas de interação física humana penalizam processos de trabalho e de consumo”, e que o ” layoff representou um mecanismo importante para a defesa do rendimento dos trabalhadores e da liquidez das empresas”.

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