COVID-19 faz disparar desemprego no mundo. E em Portugal? Conheça os dados da OCDE

Já se esperava e os números confirmam: a pandemia do novo coronavírus está mesmo a abalar o mundo do trabalho. De acordo com dados revelados esta quinta-feira, 9 de Abril, o desemprego nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) disparou com o agravamento da crise da Covid-19 a partir de meados de Março.

Dados da OCDE mostram que a taxa de desemprego da OCDE caiu 0,1 pontos percentuais, para 5,0% em Fevereiro. No segundo mês do ano,  o número de desempregados ascendeu a 32,4 milhões de pessoas.

Na União Europeia, o desemprego situo-se nos 6,5% pelo segundo mês consecutivo e na Zona euro passou dos 7,4%, em Janeiro, para 7,3% em Fevereiro.

Já Portugal registou uma quebra de 6,7% para 6,5% no segundo mês do ano de 2020, o que contrasta com a vizinha Espanha, onde a taxa de desemprego passou de 13,7% para 13,6%.

Há, no entanto diferenças entre géneros: as mulheres portuguesas tinham, em Fevereiro, uma taxa de desemprego de 7%, enquanto a do universo masculino era de 6%. O desemprego foi maior na faixa etária dos 15 aos 24 anos (19,5%).

Quanto a Março, a OCDE destaca que «o desemprego aumentou acentuadamente na maioria dos países onde já existem dados disponíveis», embora fazendo notar que «as estatísticas oficiais do desemprego na maioria das economias da OCDE ainda são anteriores à Covid-19».

Em Março, nos Estados Unidos, a taxa de desemprego (com base nos dados relativos à semana que terminou a 14 de Fevereiro) aumentou 0,9 pontos percentuais para 4,4%, com um aumento mais acentuado (de 7,7% para 10,3%) juntos dos jovens com idades compreendidas entre 16 e 24 anos.

Nas semanas seguintes, a situação deteriorou-se ainda mais com o número de novos requerentes de subsídios de desemprego a aumentar para os 6,6 milhões na semana que terminou a 28 de Março, ou seja, 20 vezes mais do que na semana que terminou a 14 de Fevereiro.

Outros países mostram uma deterioração semelhante. Na Noruega, por exemplo, o número de pessoas registadas nos centros de emprego quintuplicou.