COVID-19. Máscaras podem passar a ter sensor para monitorizar sintomas de possível contaminação

O CeNTI, um centro de Nanotecnologia e Materiais Inteligentes, está a desenvolver um sensor que, incorporado na máscara de protecção, vai monitorizar o ritmo respiratório do seu utilizador e identificar possíveis alterações e desvios aos padrões normais. Com esta informação, será possível actuar mais rapidamente em caso de contaminação por COVID-19.

 

O projecto SenseBreath, que deverá estar no mercado no final do ano, é mais uma das iniciativas do CeNTI para ajudar a sociedade no combate à propagação da doença. A inovação passa pelo desenvolvimento e integração, na máscara, de um sensor descartável, através do qual se fará a monitorização do ritmo respiratório do seu utilizador.

Os dados recolhidos por este sensor serão enviados para uma aplicação móvel e poderão ser analisados por profissionais de saúde, que irão detectar eventuais desvios nos resultados.

«Garantir a protecção dos dados do utilizador foi uma das nossas grandes preocupações no planeamento deste projecto. Por isso, os dados recolhidos apenas estarão à disposição dos utilizadores, podendo receber alertas, caso exista um desvio nos seus padrões respiratórios ao longo do tempo. O utilizador poderá, posteriormente, tomar a decisão de contactar um médico e partilhar os seus dados. Contudo, o utilizador terá total controlo sobre os dados recolhidos pela sua máscara», referem os investigadores responsáveis do projecto SenseBreath.

O sensor, que está a ser desenvolvido pelo CeNTI, será incorporado, nesta primeira fase, em máscaras que estão a ser produzidas pela OldTrading, entidade colaboradora do projecto e especialista no sector têxtil. Mas, segundo os responsáveis, o sistema poderá também ser acoplado a outros tipos de máscaras.

Associado ao projecto está também o Centro Clínico Académico – 2CA-Braga, responsável pela realização de testes para avaliação do desempenho e de usabilidade da solução tecnológica.

«As máscaras são agora acessórios indispensáveis no nosso dia-a-dia, sobretudo, nos locais de trabalho. Por isso, com esta máscara, quisemos ir um pouco mais além, garantindo não só a protecção dos seus utilizadores, como a recolha de dados que poderão ser essenciais na prevenção e actuação face a uma possível contaminação», acrescentam os responsáveis do projecto.

 

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