COVID-19: Pandemia obrigou a reajuste de políticas de talento, é o que conclui este estudo

De acordo com o estudo, “Talent Mobillity“ da Michael Page, a pandemia originou a necessidade do sector da saúde em reajustar, de forma rápida, as suas políticas de talento para se adaptar à flexibilidade, inovação e criatividade na contratação. Os benefícios que a crescente cultura de trabalho remoto trouxe para muitas das funções que não dependem de trabalho no laboratório ou no hospital, são também evidenciados nesta análise.

O estudo, que teve como objectivo analisar o impacto da pandemia e os efeitos da mobilidade nas políticas de talento do sector da saúde e considerou a realidade de diferentes países do mundo, entre os quais a Arábia Saudita, China, Espanha, França e Reino Unido, destaca ainda como a pandemia global interferiu na mobilidade dos candidatos. Neste contexto, o sector assistiu a alguns desafios de contratação derivado das viagens e deslocações limitadas que motivaram o recrutamento local.

Se, por um lado, a contratação se torna altamente localizada, por outro, a crescente adopção do trabalho remoto acelera a predisposição das empresas para contratar candidatos no estrangeiro, para colmatar lacunas em determinadas funções, como as de liderança. A cultura do país, o idioma, mudanças políticas, rápido aumento de novas tecnologias, ou emergência de novos tipos de emprego em mercados de grande expansão, são factores que influenciam a mobilidade.

O estudo evidencia também as principais tendências que surgiram com a disseminação da COVID-19 e contribuiram para a transformação do ecossistema do sector da saúde e do talento. Uma das tendências prende-se com o trabalho remoto a que aumentou a procura de algumas funções para uma área mais ampla, atraindo grandes talentos à distância.

Outra das tendências está relacionada com as restrições de viagens e as dificuldades no processamento de documentação que limitaram a procura, no caso de outras funções, para uma área geográfica mais reduzida.

No que diz respeito à mobilidade interna, esta surge como uma tendência emergente. A aposta na formação dos colaboradores internos e deslocação dos candidatos dentro de uma empresa, indica uma mudança no setor para dar resposta às novas necessidades, novas designações de cargos no futuro próximo e a competências ainda não devidamente identificadas.

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