COVID-19 pode destruir mais de 40% dos empregos no Algarve

As regiões onde o turismo tem mais peso enfrentam maior risco de destruição de emprego, alerta a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) estimando que, no Algarve, podem ser perdidos mais de 40% dos empregos.

 

A OCDE calcula que o emprego poderá cair, em média, entre 4,09% e 4,98% em 2020 nos países que fazem parte da organização, devido à pandemia, sendo que o impacto desta crise difere de país para país e até de região para região.

No relatório sobre as “Perspectivas de emprego”, hoje divulgado, a organização liderada por Angel Gurría refere que «os países e regiões onde a pandemia teve maior expressão registaram perdas económicas mais significativas», assinalando ainda que o impacto económico na várias regiões «vai variar de acordo com a sua especialização sectorial», afectando de forma mais significativa os sectores mais expostos a medidas de confinamento ou à sazonalidade.

Neste contexto, a organização aponta para diferenças regionais ao nível do risco de destruição de postos de trabalho, sendo que o Algarve surge entre as regiões mais afectadas.

«Alguns dos maiores destinos turísticos na Europa, como Creta, ilhas do sul da Grécia, as ilhas Canárias e as Baleares (Espanha), assim como o Algarve (Portugal) podem perder 40% ou mais dos empregos», refere o relatório.

Os dados hoje divulgados pela OCDE estimam que a taxa de desemprego nos países que integram a organização possa atingir os 9,4% em 2020, um nível superior ao verificado na crise financeira de 2008, podendo agravar-se com novos surtos.

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