COVID-19. Quatro em cada dez trabalhadores está em risco de perder salário ou até o emprego

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 1,25 mil milhões de trabalhadores (quatro em cada dez trabalhadores) estão em sectores identificados como sendo de alto risco a aumentos drásticos no lay-off e reduções nos salários e no horário de trabalho.

 

São quase 38% de todos os trabalhadores do mundo. Na Europa, a proporção sobe para 42%.

O mais recente relatório da OIT sobre o impacto laboral da Covid-19, prevê também que mais de quatro em cada cinco pessoas (81%), das 3,3 mil milhões que constituem a mão-de-obra global estão já a ser afectadas pelo encerramento total ou parcial do local de trabalho.

A OIT sublinha que grande parte dos potenciais afectados «tem empregos mal remunerados e pouco qualificados, em que uma perda repentina de rendimentos tem efeitos devastadores».

A organização estima «perdas substanciais em diferentes grupos de rendimento, mas especialmente nos países de rendimento médio alto (7,0%, 100 milhões de de pessoas com emprego a tempo completo), que excedem em muito os efeitos da crise financeira de 2008».

Entre os sectores em maior risco estão os dos serviços de alojamento e restauração, indústria, retalho, comércio e actividades administrativas.

Em termos regionais, a proporção de pessoas a trabalhar nesses sectores varia entre 41% nas Américas e 26% na Ásia e no Pacífico.

Em todo o mundo, dois mil milhões de pessoas trabalham no sector informal (principalmente nas economias emergentes e em desenvolvimento) “e estão particularmente expostas ao risco”, lê-se.

Os sectores menos expostos a riscos são os de educação e saúde.

A OIT estima também que crise do COVID-19 elimine 6,7% das horas de trabalho a nível global no segundo trimestre. É o equivalente a 195 milhões de pessoas com emprego a tempo completo.

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