Coworking ou hot desking para quem não quer (ou não precisa) de um escritório?

A ideia de zonas de trabalho partilhadas não é nova e teve uma crescente adesão em Portugal até 2020 um pouco por todo o país, mas em particular em Lisboa e no Porto. Tudo aponta para que a modalidade de coworking e hot desking, cuja popularidade cresceu entre os profissionais liberais nos últimos anos, venha a ser intensificada e extensível a mais profissões.

 

Mas qual a diferença entre um e outro? De acordo com a Adecco, ambos oferecem uma solução de trabalho flexível, em que o profissional obtém os benefícios de uma mesa em um ambiente profissional sem o compromisso de longo prazo.

No entanto, os dois termos são frequentemente usados de forma intercambiável. O hot desking é mais adaptável,  e itinerante, geralmente sem vínculo e mesa de trabalho fixa, pode apenas alugar o posto de trabalho por um dia, uma parte do dia, ou os dias da semana que desejar. Já o coworking tem uma opção de trabalho mais permanente, normalmente com mesa fixa e espaço para guardar as suas coisas e reúne as preferências de muitos profissionais liberais.

«Assim, a modalidade de hot desking pode constituir uma opção muito interessante para os profissionais que no período da pós-pandemia irão continuar em regime de teletrabalho. Normalmente os espaços que dispõem de mesas de trabalho para esta modalidade são extremamente organizados e têm um ambiente saudável, confortável e propício à inovação», refere-se.

A Adecco elaborou uma lista com os benefícios que espaços de hot desking têm:

1. Acesso a tomadas eléctricas para carregar o computador e o telemóvel, com zonas específicas para que possa fazer chamadas privadas sem incomodar os restantes trabalhadores, vice-versa;

2. Pode reservar salas de reunião caso necessite de efectuar videoconferências ou de se reunir com clientes ou outros colegas;

3. Terá igualmente acesso a instalações para imprimir documentos com um acesso específico à área em que se encontra, sendo estas instalações geridas pelos responsáveis pelo espaço;

4. Alguns espaços de hot desking permitem que os bens dos utilizadores sejam guardados em armários ou salas específicas, noutros casos o conceito de uma mesa única para armazenar os itens pessoais também se aplica. Esta última solução tendencialmente aplica-se num caso singular de ausência do local ou quando alguém tem reuniões;

5. Esta prática não seria plausível se o acesso à internet não fosse possível, concretamente às redes de WiFi. O mesmo acontece para quem necessita de mais um monitor para praticar as suas funções, alguns locais possibilitam que os utilizadores se conectem com VGA, DVI ou HDMI;

6. As áreas comuns, como cozinhas e casas-de-banho, são geridas pelos responsáveis do espaço que garantem a limpeza e organização dos mesmos;

7. No caso de tarefas mais delicadas, dependendo da função de cada pessoa, para além das salas de reunião é possível reservar espaços privados para se focar, sem distrações ou barulhos exteriores.

 

Para além dos vários benefícios mencionados, esta prática «possibilita que os colaboradores se mantenham motivados, havendo resposta às suas exigências e habilitações. A flexibilidade de empregar independentemente da localização também pode aumentar, garantindo que é possível desenvolver equipas sem os encargos iniciais de um escritório e haver foco na contratação de funcionários qualificados, mesmo que fora da área habitual de residência na medida em que o trabalho pode ser realizado longe das infraestruturas da empresa.»

Ler Mais